terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

LEVANTA E VAI PARA CASA

 

*“LEVANTA E VAI PARA CASA”

(Marcos 2.1-12)

Sermão preparado para a PIB Linhares, em 17/01/2021, domingo noite (Série em Marcos – 5).

 

Boa noite irmãos.

 

Nesta noite nós vamos ver uma cura de um paralítico realizada por Jesus.

 

É um texto bem conhecido, eu gosto muito dele, mas nunca preguei no mesmo. Já ouvimos muitas mensagens baseadas neste texto, mas algumas verdades espirituais que ele transmite requerem uma atividade contínua de reflexão, por isso eu quero voltar nele nesta noite.

 

E para tanto eu peço a todos que abram suas Bíblias no Evangelho segundo Marcos, no capítulo 2, versos 1 ao 12:

 

“1.” (Marcos 2.1-12).

 

“LEVANTA E VAI PARA CASA”.

 

Vamos orar mais uma vez!

 

Eu quero pensar em cinco atitudes que aparecem no transcurso deste relato de uma cura extraordinária realizada por Jesus.

 

A primeira atitude que eu quero destacar é a...

 

*1) A ATITUDE DOS QUE SE ACHEGAM A JESUS: O PARALÍTICO E SEUS COMPANHEIROS! (v. 3).

 

*“3. Então, chegaram alguns homens, trazendo-lhe um paralítico, carregado por quatro deles.” (Mc 2.3).

 

No texto original grego não há esta menção a “alguns homens”, apenas a narrativa de que trouxeram um paralítico carregado por quatro.

 

Podemos então verificar qual é o exemplo que estes cinco homens dão, os quatro que carregam o paralitico em sua “maca”. Devia ser mesmo uma espécie de padiola. Lucas 5.19 usa a expressão grega “klinidíô”, que é literalmente um “catrezinho”, uma “padiolinha”.

 

A atitude que estes cinco homens (ao menos cinco) tiveram para se aproximar de Jesus foi:

 

Vencer obstáculos: Quantos obstáculos você pode identificar que poderiam tê-los desanimado?

 

Eu enumerei as seguintes:

 

*(a) carregar o paralítico pela rua, ele não deveria ser muito pesado, mas carregar alguém pelas ruas até um determinado lugar não deve ser muito fácil, requer esforço e dedicação;

 

*(b) a multidão que não abriu passagem para um homem ser curado, o que é bem típico da natureza humana, a curiosidade deles por ver Jesus era maior que a compaixão pelo homem que precisava ser curado.

 

Parece aquelas pessoas que veem um acidente automobilístico e para ver o acidente, não contribuem com nada para o bem-estar dos acidentados, não ajudam em nada no serviço dos socorristas, bombeiros, policiais, e ainda atrapalham o trânsito!

 

*(c) subir a maca ao telhado: as casas típicas da palestina do primeiro século eram de um andar, recobertas de galhos, palha e barro, formando uma espécie de laje, com uma escada lateral que dava acesso a este terraço, que nos dias quentes, podia até ser usado como dormitório. De toda forma, carregar uma maca no terreno plano é uma coisa, subir uma escada com uma maca é outra coisa, mas isso não desanimou aqueles quatro homens;

 

*(d) destruir o telhado da casa dos outros: Tudo bem, chegamos ao telhado, e agora? Vamos destruir a casa dos outros?

 

Imagine que não estamos na pandemia e este local está lotado porque Jesus está falando aqui, imagine que alguém quebra só o vidro que está ali em frente à marquise para ouvir Jesus, como reagiríamos? Só que lá não era um templo, ou sinagoga, era a casa de alguém que teria seu telhado destruído! Não deve ter sido uma decisão tão fácil assim!

 

*(e) presença de líderes religiosos: O texto, mais à frente afirma que haviam líderes religiosos presentes, os escribas, que era uma corporação (uma profissão, como a de advogados, por exemplo) de alta classe na sociedade judaica. Muitos sacerdotes eram escribas e ser consagrado um escriba abria muitas portas para um homem; mas vou tratar deles daqui a pouco, por hora, basta sabermos que haviam pessoas extremamente importantes e respeitadas pelo povo judeu no recinto, e ainda assim aqueles homens não ficaram intimidados pela presença deles, nem em destruir o telhado de uma casa para ter acesso a Jesus.

 

Mas diante destas dificuldades, qual foi a postura destes homens:

 

A primeira resposta é fé. Ele chegaram com fé. Determinação, confiança de que Jesus poderia curar.

 

Muitos estavam lá, uma multidão, talvez por curiosidade, mas só o paralitico e seus amigos chegaram com fé.

 

*Por que nos achegamos a Jesus? (ou) Como nos achegamos a Jesus?

 

Não pode ser por curiosidade, espírito crítico, festa... Quem se achega a Jesus sem fé perde a oportunidade de testemunhar o maravilhoso agir de Deus em sua vida.

 

A prova disto é que não aconteceu nada com a multidão! A multidão estava lá, certamente cada pessoa lá teria um pedido a fazer a Jesus, mas nenhum dos Evangelhos Sinóticos narra qualquer benefício recebido de Jesus!

 

Há apenas a narrativa de que após o paralítico se levantar, verso 12, a multidão ficou maravilhada com Jesus, glorificando a Deus e dizendo: Nunca vimos nada igual!

 

Mas a multidão mesmo não teve nenhum outro impacto transformador em decorrência da presença de Jesus!

 

Mas, por fé, o paralítico foi perdoado e curado!

 

Não basta chegar a Jesus e preciso chegar a Jesus com fé!

 

*É o que está escrito na Carta aos Hebreus, capítulo 11, verso 6:

 

“7. Sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que quem se aproxima de Deus creia que ele existe e recompensa os que o buscam.” (Hb 11.6)

 

É necessário, é indispensável, é a condição para receber a recompensa de quem busca a Jesus: Fé! Porque a fé no nosso coração agrada a Deus!

 

*A mensagem desta boa nova de Cristo é: não se afundem nas suas macas; não permaneçam inertes na situação difícil em que vocês porventura se encontrem; não se desesperem, nem abandonem a esperança, tenham fé e tragam suas necessidades a Jesus!

 

O resto é com Ele!

 

Mas uma segunda atitude que o texto mostra é a primeira atitude de Jesus...

 

*2) JESUS VÊ A FÉ E RESPONDE À FÉ (v. 5).

 

*“5. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.” (Mc 2.6).

 

Uma curiosidade sobre a atitude de Jesus:

 

Se estão trazendo um homem na maca é porque ele não pode andar.

 

Mas Jesus se volta para o paralítico e diz: Filho, os teus pecados estão perdoados.

 

É interessante que ninguém precisava dizer nada a Jesus, Ele sabia o que se passava no íntimo de cada um, e ainda sabe. É o que diz o texto de João 2.25:

 

“25. e não precisava que lhe dessem testemunho sobre o homem, pois ele bem sabia (gr.: egínosken: conhecia) o que é o ser humano (literalmente: “o que havia no ser humano”).” (João 2.25).

 

Vendo-lhes a fé”: Por isso Marcos relata que Jesus viu a fé dos homens e do paralitico!

 

E a primeira palavra de Jesus não foi de cura, mas foi de perdão dos pecados.

 

Os homens podem ter pensado: “-Nós trouxemos este homem paralítico aqui com todas essas dificuldades para ele ser curado, não perdoado!!!

 

Esta é a diferença entre a forma como Jesus responde aos nossos pedidos e, por exemplo, um requerimento apresentado em um guichê da administração pública ou um processo judicial!

 

A administração pública e o Juiz não podem ir além do que nós pedimos, estão restritos ao nosso requerimento, mas Jesus não!

 

*Jesus faz distinção entre o que pedimos e aquilo que necessitamos. Ele supre a nossa necessidade, não o nosso desejo!

 

*Qual a nossa maior necessidade?

 

Para o homem era ser curado, para Jesus a primeira necessidade dele era ser perdoado!

 

Jesus põe ordem às nossas prioridades!

 

Somos uma geração muito marcada por coisas e pelo físico: remédio para emagrecer, academia para perder peso para o verão. Ganhar dinheiro, ter patrimônio, exibir o patrimônio que temos!

 

Não estou dizendo que trabalhar e adquirir bens, ou ter um corpo saudável é errado, ou fazer uma reeducação alimentar, ou atividade física, não é nada disso, por favor, compreenda.

 

Eu mesmo fiz uma bariátrica e perdi 50 quilos, fiz por uma questão de saúde, não de estética. Melhorou muito a minha qualidade de vida, a estética ficou melhor, é claro, mas não foi por isso que me submeti a um procedimento cirúrgico que envolve riscos, foi por necessidade!

 

O que eu estou dizendo é que no meio secular há uma glorificação da matéria sobre o espírito: Muita gente que vai em um escritório para ganhar dinheiro, ou em uma academia para se exercitar, jamais pisou em um lugar de culto a Deus!

 

Voltando ao nosso texto, quem está paralítico quer ter a usa plena liberdade de movimento, mas Jesus reordena as prioridades e ensina que o maior problema do homem é o perdão dos seus pecados.

 

Não há nada errado em pedirmos que Jesus nos cure, nos abra uma porta de emprego, mas estaremos absolutamente errados se não entendermos que nossa maior necessidade é o perdão dos nossos pecados.

 

*Quando Deus falou por meio do profeta Isaias, Ele disse o seguinte (Isaias 59.2):

 

“2. Mas as vossas maldades (avonotekem, raiz “avon”: iniquidade, pecado) fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouve.” (Is 59.2).

 

Precisamos do perdão de Deus para que nossas orações sejam ouvidas!

 

Acima da necessidade emocional, material, financeira, porque é a base de tudo, é nosso relacionamento com Deus. Uma pessoa que tem relacionamento com Deus tem uma base de segurança que só Ele pode dar!

 

Nossa maior necessidade é nos relacionarmos intimamente com Deus, e isso só é possível se, em primeiro lugar, nos arrependermos e buscarmos o perdão de Deus.

 

A terceira posição que constatamos no texto é...

 

*3) A ATITUDE DOS CRÍTICOS (vv. 6-7).

 

*“6. Estavam sentados ali alguns escribas, que pensavam no coração:

7. Por que esse homem fala dessa maneira? Ele está blasfemando! Quem pode perdoar pecados senão um só, que é Deus?” (Mc 2.6-7).

 

Uma observação inicial:

 

Os críticos eram aquela gente que amanhece em porta de boteco? Eram ateus? Eram, usando uma expressão muito comum nas redes sociais, “esquerdistas”? Não!

 

Os críticos eram líderes religiosos membros de uma categoria profissional importantíssima em Israel!

s

*Eram Escribas! E quem eram os escribas?

 

Os mencionei brevemente na reflexão da manhã, justamente porque tencionava apresenta-los com mais detalhes agora à noite.

 

Os escribas eram uma classe profissional! Você encontrava tantos membros da classe sacerdotal entre eles como fariseus.

 

Muitos profissionais eram mercadores, carpinteiros, fabricante de tendas e podemos até citar um operário, o rabi Hillel, que ficou muito famoso posteriormente, cuja escola rivalizava com outro escriba, o rabi Shamai. O escriba normalmente tinha outra profissão que dividia com a de escriba e professor.

 

A principal fonte de autoridade dos escribas era o “saber” o conhecimento, por isso para ser um Escriba, o candidato devia consagrar a sua vida à sábia atividade de escriba, começando como discípulo (talmîd) de um escriba reconhecido. Normalmente começa muito cedo este estudo. O Apóstolo Paulo, por exemplo, diz que foi “instruído aos pés de Gamaliel” (At 22.3).

 

Flávio Josefo, o historiador judeu que mencionei pela manhã, sem modéstia, afirma em sua “Autobiografia”, que desde os quatorze anos dominava plenamente a exegese (a interpretação do sentido) da lei.

 

*O aluno tinha convivência pessoal com seu mestre e ouvia seus ensinamentos e quando tivesse aprendido a dominar toda a matéria tradicional e a interpretação da lei a ponto de poder resolver por si mesmo questões de legislação e ritual, tornava-se “doutor não ordenado” (talmîd hakan).

 

Somente quando atingisse a idade mínima para ordenação, que era quarenta anos, é que podia ser ordenado um “escriba” (semikak) e ser recebido na “corporação dos doutores”, como “doutor ordenado” (Hakam).

 

A partir daí estava autorizado a resolver por si mesmo as questões de legislação religiosa e ritual; podia ser juiz em processos criminais e dar pareceres nos processos civis, seja como membro de uma corte de justiça, como o Sinédrio, ou individualmente. A partir desta ordenação o Escriba podia receber o título de “rabi” e usava uma túnica específica, cheia de longas franjas.

 

Doutores ordenados (escribas) também eram responsáveis pela criação e transmissão da tradição oral derivada da Torá (a lei escrita).

 

Era tão relevante ser um “escriba”, que com exceção dos Chefes dos Sacerdotes e dos membros das famílias patriarcais, o escriba era o único que podia ingressar na Assembleia Suprema do Judaísmo, o Sinédrio.

 

Todas as cadeiras do partido dos Fariseus no Sinédrio eram ocupadas por Escribas. Para ocupar um posto de liderança na comunidade judaica, se houvesse um escriba e um não escriba, o escriba tinha a preferência, pelo conhecimento jurídico e religioso que ele possuía da lei.

 

Eram homens profundamente honrados pelo povo, na Sinagoga sentavam-se de costas para o armário em que era guardado a Torá, de frente para o povo, para que fosse bem-vistos por todos. Também tinham os primeiros lugares (aqueles mais próximos do anfitrião) reservados nos banquetes (Mt 12.39). Eram saudados antes dos anciãos e, inclusive, dos próprios pais.

 

Por isso Jesus expôs é que a partir do verso 8, Jesus expôs o que estava no coração dos Escribas: (1) A de que só Deus pode perdoar pecados; e (2) Jesus blasfemava, pois, no entendimento dos Escribas, Ele não poderia fazer isso!

 

Homens que dedicaram suas vidas a serem porta-vozes da tradição messiânica, que estavam na presença do messias, mas que não reconheceram Jesus como o Messias que Israel esperava!

 

Isso nos serve de advertência: Como nós podemos criar uma espécie de roteiro ou esquema mental que nos impede de enxergar como deve ser nosso relacionamento com Deus!

 

Eu nasci nessa religião e vou morrer nela, eu sei que está errado, mas meu pai e minha mãe são dessa religião e vou ficar aqui mesmo. Isto é absolutamente sem sentido!

 

Marcos 2.7 (quem pode perdoar pecado a não ser Deus?). Parece até a Teologia protestante evangélica!

 

A primeira afirmação deles estava certa: “Só Deus perdoa pecados, estão certos.

 

Mas Jesus responde com uma pergunta: Qual é mais fácil, para mim, perdoar pecados ou mandar um paralitico andar (para nós nenhum dos dois é possível), mas para Jesus as duas questões são iguais (preguei há alguns dias a mensagem “Senhor do Céu e da Terra” em que abordei essa questão).

 

A atitude dos críticos tem um ângulo certo: Só Deus pode perdoar pecados!

 

Homem nenhum pode, quem diz que pode está se colocando no lugar de Deus, nós podemos desculpar as falhas dos outros conosco, mas perdão de pecados é esfera de atuação de Deus.

 

Estavam errados ao dizer que Ele blasfemava, eram os homens que blasfemavam.

 

A palavra usada por Marcos para “blasfemando” é o grego “Blasfemeî”.  A ideia de “dizer o que não podia ser dito - em relação a Deus”!

 

E como nós podemos blasfemar (dizer o que não pode ser dito sobre o nosso Deus)?

 

*Blasfemamos quando duvidamos do poder de Cristo, seja para perdoar ou curar.

 

Precisamos ter em mente que a área espiritual e área material são da esfera de Jesus.

 

Blasfema quem duvida do seu poder, quem não o reconhece como Sustentador do Universo, como o Senhor e Salvador de sua vida!

 

Porque Ele é!

 

Uma quarta atitude, é na verdade a...

 

4) SEGUNDA ATITUDE DE JESUS (v. 9-11).

 

*“9. O que é mais fácil dizer ao paralítico: Os teus pecados estão perdoados, ou: Levanta-te, toma a tua maca e anda?

10. Mas, para que saibais que o Filho do homem tem autoridade para perdoar pecados na terra (disse ao paralítico),

11. eu te digo: Levanta-te, toma a tua maca e vai para casa.” (Mc 2.9-11).

 

Jesus sonda os corações e diz:

 

O que é mais fácil?

 

De um lado eu disse que os pecados estão perdoados, vocês dizem que é blasfêmia. De outro lado trouxeram o paralítico para eu curar.

 

Para que saibais que o Filho do Homem tem autoridade para perdoar pecados. Levanta-te toma o seu leito e vai para casa!

 

A prova que eu tenho autoridade para perdoar pecados é que eu curo.

 

*”Autoridade” é a palavra grega Exousian (autoridade de fora, outorgada).

 

Vocês estão certos: Só Deus perdoa pecados, por isso Ele me deu autoridade, não estou usurpando, extrapolando a autoridade dada pelo Pai.

 

O que Jesus está dizendo com este discurso aos Escribas é:

 

“Eu tenho autoridade em qualquer área da vida!”

 

*Ele tem poder para colocar ordem em qualquer esfera da nossa vida!

 

EU não sei se você tem alguma área da sua vida que precisa que Jesus exerça a autoridade dele, ou qual é essa área, talvez nem você saiba, ainda, mas Jesus tem autoridade para colocar qualquer área da minha e da sua vida em ordem, basta que você se aproxime dele com fé!

 

For fim, a última atitude para analisarmos:

 

*5) A ATITUDE DO PARALÍTICO (v. 12).

 

*“12. Então ele se levantou e, pegando logo a maca, saiu à vista de todos; de modo que todos ficaram maravilhados e glorificavam a Deus, dizendo: Nunca vimos coisa igual!” (Mc 2.12).

 

O homem se vê no meio de uma discussão teológica (é blasfêmia, não é blasfêmia, quem pode e quem não pode curar).

 

Mas ele não está nem aí. Ele só quer se curado. Jesus manda: Levante-te...

 

Como assim? É assim tão fácil? Eu não tenho que fazer um procedimento qualquer, sacrificar um animal, tomar banho em um rio? Fazer um ritual qualquer?

 

A olhos humanos a ordem parece absurda: Um paralítico levantar e andar? Onde já se viu isso?

 

Não tem nem um processo e cura, começar a se firma devagar, com o tempo andar, um dia talvez correr...

 

O homem poderia dizer não posso!

 

Como nós podemos limitar na nossa mente a compreensão que temos sobre o Poder que Deus tem...

 

Mas no caso do texto, o homem obedece.

 

Uma observação sobre este homem, sua atitude e a ordem de Jesus:

 

*O paralítico deve dominar o seu instrumento de dominação, que era aquela maca!

 

Qual o nosso instrumento de dominação: Medo, prostração, ansiedade, álcool, drogas, algum outro vício....

 

O que Jesus está demonstrando é que não fomos criados para sermos dominados, mas fomos criados para ter dignidade porque fomos feitos à imagem e semelhança de Deus (Jesus restaura essa dignidade), fomos criados para a liberdade em Cristo!

 

*É o que diz o Apóstolo Paulo no texto de Gálatas 5.1:

 

“1. Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não vos sujeiteis novamente a um jugo de escravidão.” (Gl 5.1).

 

No caso dos ouvintes de Paulo o jugo de escravidão era o legalismo judaico para o qual alguns estavam voltando, e no nosso caso, para de qual jugo Cristo nos libertou e podemos voltar?

 

Talvez um sentimento que não devesse estar no nosso coração, ou um comportamento que não deveríamos mais ter após nosso encontro com Jesus, mas o fato é que podemos permanecer escravizados de certas situações, ou sentimentos, dos quais Jesus quer nos livrar e nos dar domínio sobre eles!

 

O homem veio carregado, veio com os pés alheios; voltou andando com os próprios pés, com seu leito debaixo do braço!

 

Com Jesus não somos carregados, Ele permite que nós andemos com nossas próprias pernas!

 

O que é que domina você?

 

Medo, ansiedade, drogas, bebida, pornografia, baixa autoestima?

 

Há pessoas que não se batizam porque não desejam ou não conseguem deixar de beber! Isto é questão de deixar Jesus agir e assumir um compromisso com Ele.

 

Mas há sentimentos como medo e a ansiedade, que também podem nos dominar em tempos de turbulência incerteza. Até a tristeza por algo que aconteceu pode tentar nos dominar de uma forma não natural.

 

Ficamos tristes, mas não devemos ser dominados pela tristeza ou qualquer outro sentimento que diminua nossa capacidade de viver uma vida plena na companhia de Deus!

 

O que ainda te domina? Jesus quer te libertar!

 

“36. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres! (João 8.36).

 

CONCLUSÃO:

 

Eu poderia ainda falar da atitude do dono de casa que a abriu para receber tantas pessoas e que não protestou quando seu telhado foi destruído para que uma pessoa pudesse ter acesso a Jesus (podemos afirmar isto porque nenhum dos 3 Evangelho Sinóticos – Mateus, Marcos ou Lucas, que relatam este ocorrido tem qualquer queixa do proprietário do imóvel sobre o inconveniente de ter sua casa invadida não só pelas portas ou até pelo telhado.

 

Poderia falar da atitude da multidão, que mesmo vendo um paralítico precisando de cura e sabendo que Jesus poderia curá-lo, egoisticamente na abriu passagem.

 

Há um claro paradoxo entre o dono da casa e a multidão. Generosidade e compaixão da parte de um e Egoísmo e indiferença da parte de outros. Mas já tratamos este assunto hoje pela manhã, vamos ficar por aqui.

 

*Diante do que vemos, podemos afirmar que todas as curas feitas por Jesus são símbolos de uma atuação e autoridade muito mais profundas, que é a restauração do ser humano alienado da comunhão com Deus!

 

Um Deus relacional quer ter íntima comunhão conosco!

 

Nós vamos nos levantar daqui a pouco e vamos para casa.

 

O paralítico levantou-se restaurado e foi também para sua casa.

 

O desejo de Jesus é que todos nós saiamos daqui restaurados ou aqueles que estão em seus lares, que também sejam restaurados.

 

*Você só precisa ter fé e entregar a Jesus esta situação ou sentimento que exerce domínio sobre você, para que Cristo o liberte!

 

Venha até Jesus e deixe que Ele liberte você de tudo que o aprisiona!

 

Vamos orar!

 

Linhares, 17 de janeiro de 2021.

 

Pr. Marcos José Milagre

PIB Linhares – ES

 


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