*“LEVANTA E VAI PARA CASA”
(Marcos 2.1-12)
Sermão preparado para a PIB Linhares, em 17/01/2021, domingo
noite (Série em Marcos – 5).
Boa noite irmãos.
Nesta noite nós vamos ver
uma cura de um paralítico realizada por Jesus.
É um texto bem conhecido, eu
gosto muito dele, mas nunca preguei no mesmo. Já ouvimos muitas mensagens
baseadas neste texto, mas algumas verdades espirituais que ele transmite
requerem uma atividade contínua de reflexão, por isso eu quero voltar nele
nesta noite.
E para tanto eu peço a todos
que abram suas Bíblias no Evangelho segundo Marcos, no capítulo 2, versos 1 ao 12:
“1.” (Marcos 2.1-12).
“LEVANTA E VAI PARA CASA”.
Vamos orar mais uma vez!
Eu quero pensar em cinco
atitudes que aparecem no transcurso deste relato de uma cura extraordinária
realizada por Jesus.
A primeira atitude que eu
quero destacar é a...
*1) A ATITUDE DOS QUE SE ACHEGAM A JESUS: O PARALÍTICO E SEUS
COMPANHEIROS! (v. 3).
*“3. Então, chegaram alguns homens, trazendo-lhe um paralítico, carregado
por quatro deles.” (Mc 2.3).
No texto original grego não
há esta menção a “alguns homens”, apenas a narrativa de que trouxeram um
paralítico carregado por quatro.
Podemos então verificar qual
é o exemplo que estes cinco homens dão, os quatro que carregam o paralitico em
sua “maca”. Devia ser mesmo uma espécie de padiola. Lucas 5.19 usa a expressão
grega “klinidíô”, que é literalmente um “catrezinho”, uma
“padiolinha”.
A atitude que estes cinco
homens (ao menos cinco) tiveram para se aproximar de Jesus foi:
Vencer
obstáculos: Quantos
obstáculos você pode identificar que poderiam tê-los desanimado?
Eu enumerei as seguintes:
*(a)
carregar o paralítico pela rua, ele não deveria ser muito
pesado, mas carregar alguém pelas ruas até um determinado lugar não deve ser
muito fácil, requer esforço e dedicação;
*(b)
a multidão que não abriu passagem para um homem ser curado, o que é
bem típico da natureza humana, a curiosidade deles por ver Jesus era maior que
a compaixão pelo homem que precisava ser curado.
Parece aquelas pessoas que
veem um acidente automobilístico e para ver o acidente, não contribuem com nada
para o bem-estar dos acidentados, não ajudam em nada no serviço dos
socorristas, bombeiros, policiais, e ainda atrapalham o trânsito!
*(c) subir a maca ao telhado: as
casas típicas da palestina do primeiro século eram de um andar, recobertas de
galhos, palha e barro, formando uma espécie de laje, com uma escada lateral que
dava acesso a este terraço, que nos dias quentes, podia até ser usado como
dormitório. De toda forma, carregar uma maca no terreno plano é uma coisa,
subir uma escada com uma maca é outra coisa, mas isso não desanimou aqueles
quatro homens;
*(d) destruir
o telhado da casa dos outros: Tudo bem, chegamos ao
telhado, e agora? Vamos destruir a casa dos outros?
Imagine que não estamos na
pandemia e este local está lotado porque Jesus está falando aqui, imagine que
alguém quebra só o vidro que está ali em frente à marquise para ouvir Jesus,
como reagiríamos? Só que lá não era um templo, ou sinagoga, era a casa de
alguém que teria seu telhado destruído! Não deve ter sido uma decisão tão fácil
assim!
*(e) presença
de líderes religiosos: O texto, mais à frente afirma que haviam
líderes religiosos presentes, os escribas, que era uma corporação (uma
profissão, como a de advogados, por exemplo) de alta classe na sociedade
judaica. Muitos sacerdotes eram escribas e ser consagrado um escriba abria
muitas portas para um homem; mas vou tratar deles daqui a pouco, por hora,
basta sabermos que haviam pessoas extremamente importantes e respeitadas pelo
povo judeu no recinto, e ainda assim aqueles homens não ficaram intimidados
pela presença deles, nem em destruir o telhado de uma casa para ter acesso a
Jesus.
Mas diante destas
dificuldades, qual foi a postura destes homens:
A primeira resposta é fé.
Ele chegaram com fé. Determinação, confiança de que Jesus poderia curar.
Muitos estavam lá, uma
multidão, talvez por curiosidade, mas só o paralitico e seus amigos chegaram
com fé.
*Por
que nos achegamos a Jesus? (ou) Como nos achegamos a Jesus?
Não pode ser por
curiosidade, espírito crítico, festa... Quem se achega a Jesus sem fé perde a oportunidade de
testemunhar o maravilhoso agir de Deus em sua vida.
A prova disto é que não
aconteceu nada com a multidão! A multidão estava lá, certamente cada pessoa lá
teria um pedido a fazer a Jesus, mas nenhum dos Evangelhos Sinóticos narra qualquer
benefício recebido de Jesus!
Há apenas a narrativa de que
após o paralítico se levantar, verso 12, a multidão ficou maravilhada com
Jesus, glorificando a Deus e dizendo: Nunca
vimos nada igual!
Mas
a multidão mesmo não teve nenhum outro impacto transformador em decorrência da
presença de Jesus!
Mas, por fé, o paralítico
foi perdoado e curado!
Não
basta chegar a Jesus e preciso chegar a Jesus com fé!
*É o que está escrito na Carta aos Hebreus,
capítulo 11, verso 6:
“7. Sem fé é
impossível agradar a Deus, pois é
necessário que quem se
aproxima de Deus creia que ele existe e recompensa os que o buscam.” (Hb
11.6)
É necessário, é
indispensável, é a condição para receber a recompensa de quem busca a Jesus:
Fé! Porque a fé no nosso coração agrada a Deus!
*A
mensagem desta boa nova de Cristo é: não se afundem nas suas macas; não
permaneçam inertes na situação difícil em que vocês porventura se encontrem; não
se desesperem, nem abandonem a esperança, tenham fé e tragam suas
necessidades a Jesus!
O
resto é com Ele!
Mas uma segunda atitude que
o texto mostra é a primeira atitude de Jesus...
*2) JESUS VÊ A FÉ E RESPONDE À FÉ (v. 5).
*“5. Vendo-lhes
a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão
perdoados.” (Mc 2.6).
Uma curiosidade sobre a
atitude de Jesus:
Se estão trazendo um homem
na maca é porque ele não pode andar.
Mas Jesus se volta para o
paralítico e diz: Filho, os teus
pecados estão perdoados.
É interessante que ninguém
precisava dizer nada a Jesus, Ele sabia o que se passava no íntimo de cada um,
e ainda sabe. É o que diz o texto de João 2.25:
“25. e não precisava que lhe dessem testemunho sobre o
homem, pois ele bem sabia (gr.:
egínosken:
conhecia) o que é o ser humano (literalmente:
“o
que havia no ser humano”).” (João 2.25).
“Vendo-lhes
a fé”: Por isso Marcos relata que Jesus viu a fé dos homens e do
paralitico!
E a primeira palavra de
Jesus não foi de cura, mas foi de perdão dos pecados.
Os homens podem ter pensado:
“-Nós trouxemos este homem paralítico aqui com todas essas dificuldades para
ele ser curado, não perdoado!!!
Esta é a diferença entre a forma como Jesus responde aos nossos
pedidos e, por exemplo, um
requerimento apresentado em um guichê da administração pública ou um processo
judicial!
A administração pública e o
Juiz não podem ir além do que nós pedimos, estão restritos ao nosso
requerimento, mas Jesus não!
*Jesus
faz distinção entre o que pedimos e aquilo que necessitamos. Ele supre a nossa necessidade,
não o nosso desejo!
*Qual a nossa maior necessidade?
Para o homem era ser curado,
para Jesus a primeira necessidade dele era ser perdoado!
Jesus
põe ordem às nossas prioridades!
Somos uma geração muito
marcada por coisas e pelo físico: remédio para emagrecer, academia para perder
peso para o verão. Ganhar dinheiro, ter patrimônio, exibir o patrimônio que
temos!
Não estou dizendo que trabalhar
e adquirir bens, ou ter um corpo saudável é errado, ou fazer uma reeducação
alimentar, ou atividade física, não é nada disso, por favor, compreenda.
Eu mesmo fiz uma bariátrica
e perdi 50 quilos, fiz por uma questão de saúde, não de estética. Melhorou
muito a minha qualidade de vida, a estética ficou melhor, é claro, mas não foi
por isso que me submeti a um procedimento cirúrgico que envolve riscos, foi por
necessidade!
O que eu estou dizendo é que
no meio secular há uma glorificação da matéria sobre o espírito: Muita gente
que vai em um escritório para ganhar dinheiro, ou em uma academia para se
exercitar, jamais pisou em um lugar de culto a Deus!
Voltando ao nosso texto, quem está paralítico quer ter a usa plena
liberdade de movimento, mas Jesus reordena as prioridades e ensina que o
maior problema do homem é o perdão dos seus pecados.
Não há nada errado em
pedirmos que Jesus nos cure, nos abra uma porta de emprego, mas estaremos
absolutamente errados se não entendermos que nossa maior necessidade é o perdão
dos nossos pecados.
*Quando Deus falou por meio do profeta Isaias,
Ele disse o seguinte (Isaias 59.2):
“2. Mas as vossas maldades
(avonotekem, raiz “avon”:
iniquidade, pecado) fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto
de vós, de modo que não vos ouve.”
(Is 59.2).
Precisamos do perdão de Deus para que nossas orações
sejam ouvidas!
Acima da necessidade
emocional, material, financeira, porque é a base de tudo, é nosso
relacionamento com Deus. Uma pessoa que tem relacionamento com Deus tem uma
base de segurança que só Ele pode dar!
Nossa maior necessidade é
nos relacionarmos intimamente com Deus, e isso só é possível se, em primeiro
lugar, nos arrependermos e buscarmos o perdão de Deus.
A terceira posição que
constatamos no texto é...
*3) A ATITUDE DOS CRÍTICOS (vv. 6-7).
*“6. Estavam sentados ali alguns escribas, que pensavam no coração:
7. Por que esse homem fala dessa maneira? Ele está blasfemando! Quem pode perdoar
pecados senão um só, que é Deus?” (Mc 2.6-7).
Uma
observação inicial:
Os críticos eram aquela gente
que amanhece em porta de boteco? Eram ateus? Eram, usando uma expressão muito
comum nas redes sociais, “esquerdistas”? Não!
Os críticos eram líderes
religiosos membros de uma categoria profissional importantíssima em Israel!
s
*Eram
Escribas! E quem eram os escribas?
Os mencionei brevemente na
reflexão da manhã, justamente porque tencionava apresenta-los com mais detalhes
agora à noite.
Os escribas eram uma classe
profissional! Você encontrava tantos membros da classe sacerdotal entre eles
como fariseus.
Muitos profissionais eram
mercadores, carpinteiros, fabricante de tendas e podemos até citar um operário,
o rabi Hillel, que ficou muito famoso posteriormente, cuja escola rivalizava
com outro escriba, o rabi Shamai. O escriba normalmente tinha outra profissão
que dividia com a de escriba e professor.
A principal fonte de
autoridade dos escribas era o “saber” o conhecimento, por isso para ser um
Escriba, o candidato devia consagrar a sua vida à sábia atividade de escriba,
começando como discípulo (talmîd) de um escriba reconhecido. Normalmente começa
muito cedo este estudo. O Apóstolo Paulo, por exemplo, diz que foi “instruído
aos pés de Gamaliel” (At 22.3).
Flávio Josefo, o historiador
judeu que mencionei pela manhã, sem modéstia, afirma em sua “Autobiografia”,
que desde os quatorze anos dominava plenamente a exegese (a interpretação do sentido) da lei.
*O aluno tinha convivência pessoal com seu
mestre e ouvia seus ensinamentos e quando tivesse aprendido a dominar toda a
matéria tradicional e a interpretação da lei a ponto de poder resolver por si
mesmo questões de legislação e ritual, tornava-se “doutor não ordenado” (talmîd
hakan).
Somente quando atingisse a
idade mínima para ordenação, que era quarenta anos, é que podia ser ordenado um
“escriba” (semikak) e ser recebido na “corporação dos doutores”, como “doutor
ordenado” (Hakam).
A partir daí estava
autorizado a resolver por si mesmo as questões de legislação religiosa e
ritual; podia ser juiz em processos criminais e dar pareceres nos processos
civis, seja como membro de uma corte de justiça, como o Sinédrio, ou
individualmente. A partir desta ordenação o Escriba podia receber o título de
“rabi” e usava uma túnica específica, cheia de longas franjas.
Doutores ordenados
(escribas) também eram responsáveis pela criação e transmissão da tradição oral
derivada da Torá (a lei escrita).
Era tão relevante ser um
“escriba”, que com exceção dos Chefes dos Sacerdotes e dos membros das famílias
patriarcais, o escriba era o único que podia ingressar na Assembleia Suprema do
Judaísmo, o Sinédrio.
Todas as cadeiras do partido
dos Fariseus no Sinédrio eram ocupadas por Escribas. Para ocupar um posto de
liderança na comunidade judaica, se houvesse um escriba e um não escriba, o
escriba tinha a preferência, pelo conhecimento jurídico e religioso que ele
possuía da lei.
Eram
homens profundamente honrados pelo povo, na Sinagoga
sentavam-se de costas para o armário em que era guardado a Torá, de frente para
o povo, para que fosse bem-vistos por todos. Também tinham os primeiros lugares
(aqueles mais próximos do anfitrião) reservados nos banquetes (Mt 12.39). Eram
saudados antes dos anciãos e, inclusive, dos próprios pais.
Por isso Jesus expôs é que a
partir do verso 8, Jesus expôs o que estava no coração dos Escribas: (1) A de que só Deus pode perdoar
pecados; e (2) Jesus blasfemava,
pois, no entendimento dos Escribas, Ele não poderia fazer isso!
Homens
que dedicaram suas vidas a serem porta-vozes da tradição messiânica, que
estavam na presença do messias, mas que não reconheceram Jesus como o Messias
que Israel esperava!
Isso
nos serve de advertência: Como nós podemos criar uma espécie de
roteiro ou esquema mental que nos impede de enxergar como deve ser nosso
relacionamento com Deus!
Eu nasci nessa religião e
vou morrer nela, eu sei que está errado, mas meu pai e minha mãe são dessa
religião e vou ficar aqui mesmo. Isto é absolutamente sem sentido!
Marcos 2.7 (quem pode
perdoar pecado a não ser Deus?). Parece até a Teologia protestante evangélica!
A primeira afirmação deles
estava certa: “Só Deus perdoa pecados, estão certos.”
Mas Jesus responde com uma
pergunta: Qual é mais fácil, para mim, perdoar pecados ou mandar um paralitico
andar (para nós nenhum dos dois é possível), mas para Jesus as duas questões são iguais (preguei há
alguns dias a mensagem “Senhor do Céu e da Terra” em que abordei essa questão).
A
atitude dos críticos tem um ângulo certo: Só Deus pode perdoar
pecados!
Homem nenhum pode, quem diz
que pode está se colocando no lugar de Deus, nós podemos desculpar as falhas dos outros conosco, mas perdão de pecados é esfera de
atuação de Deus.
Estavam
errados ao dizer que Ele blasfemava, eram os homens que
blasfemavam.
A palavra usada por Marcos
para “blasfemando” é o grego “Blasfemeî”. A ideia de “dizer o que não podia ser dito - em
relação a Deus”!
E como nós podemos blasfemar
(dizer o que não pode ser dito sobre o nosso Deus)?
*Blasfemamos
quando duvidamos do poder de Cristo, seja para perdoar ou curar.
Precisamos
ter em mente que a área espiritual e área material são da esfera de Jesus.
Blasfema quem duvida do seu poder, quem não o
reconhece como Sustentador do Universo, como o Senhor e Salvador de sua vida!
Porque Ele é!
Uma quarta atitude, é na
verdade a...
4) SEGUNDA ATITUDE DE JESUS (v. 9-11).
*“9.
O que é mais fácil dizer ao paralítico: Os teus pecados estão perdoados, ou:
Levanta-te, toma a tua maca e anda?
10. Mas, para que saibais que o Filho do homem tem
autoridade para perdoar pecados na terra (disse ao paralítico),
11. eu te digo: Levanta-te, toma a tua maca e vai para
casa.” (Mc 2.9-11).
Jesus
sonda os corações e diz:
O
que é mais fácil?
De
um lado eu disse que os pecados estão perdoados, vocês dizem que é blasfêmia.
De outro lado trouxeram o paralítico para eu curar.
Para
que saibais que o Filho do Homem tem autoridade para perdoar pecados.
Levanta-te toma o seu leito e vai para casa!
A prova que eu tenho autoridade para perdoar pecados
é que eu curo.
*”Autoridade” é a palavra grega Exousian
(autoridade de fora, outorgada).
Vocês estão certos: Só Deus
perdoa pecados, por isso Ele me deu autoridade, não estou usurpando, extrapolando
a autoridade dada pelo Pai.
O que Jesus está dizendo com
este discurso aos Escribas é:
“Eu
tenho autoridade em qualquer área da vida!”
*Ele
tem poder para colocar ordem em qualquer esfera da nossa vida!
EU não sei se você tem
alguma área da sua vida que precisa que Jesus exerça a autoridade dele, ou qual
é essa área, talvez nem você saiba, ainda, mas Jesus tem autoridade para
colocar qualquer área da minha e da sua vida em ordem, basta que você se
aproxime dele com fé!
For fim, a última atitude
para analisarmos:
*5) A ATITUDE DO PARALÍTICO (v. 12).
*“12. Então
ele se levantou e, pegando logo a maca, saiu à vista de todos; de modo
que todos ficaram maravilhados e glorificavam a Deus, dizendo: Nunca vimos
coisa igual!” (Mc 2.12).
O homem se vê no meio de uma
discussão teológica (é blasfêmia, não é blasfêmia, quem pode e quem não pode
curar).
Mas ele não está nem aí. Ele
só quer se curado. Jesus manda: Levante-te...
“Como assim? É assim tão fácil? Eu
não tenho que fazer um procedimento qualquer, sacrificar um animal, tomar banho
em um rio? Fazer um ritual qualquer?”
A olhos humanos a ordem parece
absurda: Um paralítico levantar e andar? Onde já se viu isso?
Não tem nem um processo e
cura, começar a se firma devagar, com o tempo andar, um dia talvez correr...
O homem poderia dizer não
posso!
Como nós podemos limitar na nossa mente a compreensão que
temos sobre o Poder que Deus tem...
Mas no caso do texto, o
homem obedece.
Uma observação sobre este
homem, sua atitude e a ordem de Jesus:
*O
paralítico deve dominar o seu instrumento de dominação, que era aquela maca!
Qual o nosso instrumento de
dominação: Medo, prostração, ansiedade, álcool, drogas, algum outro vício....
O que Jesus está
demonstrando é que não fomos criados para sermos dominados, mas fomos criados
para ter dignidade porque fomos feitos à imagem e semelhança de Deus (Jesus restaura essa dignidade),
fomos criados para a liberdade em Cristo!
*É o que diz o Apóstolo Paulo no texto de
Gálatas 5.1:
“1. Para a liberdade foi que Cristo nos libertou.
Portanto, permanecei firmes e não vos sujeiteis novamente a um jugo de
escravidão.” (Gl 5.1).
No caso dos ouvintes de
Paulo o jugo de escravidão era o legalismo judaico para o qual alguns estavam
voltando, e no nosso caso, para de qual jugo Cristo nos libertou e podemos
voltar?
Talvez um sentimento que não
devesse estar no nosso coração, ou um comportamento que não deveríamos mais ter
após nosso encontro com Jesus, mas o fato é que podemos permanecer escravizados
de certas situações, ou sentimentos, dos quais Jesus quer nos livrar e nos dar
domínio sobre eles!
O homem veio carregado, veio
com os pés alheios; voltou andando com
os próprios pés, com seu leito debaixo do braço!
Com Jesus não somos
carregados, Ele permite que nós andemos com nossas próprias pernas!
O
que é que domina você?
Medo, ansiedade, drogas,
bebida, pornografia, baixa autoestima?
Há pessoas que não se
batizam porque não desejam ou não conseguem deixar de beber! Isto é questão de deixar
Jesus agir e assumir um compromisso com Ele.
Mas há sentimentos como medo
e a ansiedade, que também podem nos dominar em tempos de turbulência incerteza.
Até a tristeza por algo que aconteceu pode tentar nos dominar de uma forma não
natural.
Ficamos tristes, mas não
devemos ser dominados pela tristeza ou qualquer outro sentimento que diminua
nossa capacidade de viver uma vida plena na companhia de Deus!
O
que ainda te domina? Jesus quer te libertar!
“36. Se,
pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente
sereis livres! (João 8.36).
CONCLUSÃO:
Eu poderia ainda falar da atitude do dono de casa que a
abriu para receber tantas pessoas e que não protestou quando seu telhado foi
destruído para que uma pessoa pudesse ter acesso a Jesus (podemos afirmar isto
porque nenhum dos 3 Evangelho Sinóticos – Mateus, Marcos ou Lucas, que relatam
este ocorrido tem qualquer queixa do proprietário do imóvel sobre o
inconveniente de ter sua casa invadida não só pelas portas ou até pelo telhado.
Poderia falar da atitude da multidão, que mesmo
vendo um paralítico precisando de cura e sabendo que Jesus poderia curá-lo,
egoisticamente na abriu passagem.
Há um claro paradoxo entre o
dono da casa e a multidão. Generosidade
e compaixão da parte de um e Egoísmo
e indiferença da parte de outros. Mas
já tratamos este assunto hoje pela manhã, vamos ficar por aqui.
*Diante do que vemos, podemos afirmar que todas as curas feitas por Jesus são
símbolos de uma atuação e autoridade muito mais profundas, que é a restauração do ser humano alienado da
comunhão com Deus!
Um Deus relacional quer ter
íntima comunhão conosco!
Nós vamos nos levantar daqui
a pouco e vamos para casa.
O paralítico levantou-se
restaurado e foi também para sua casa.
O desejo de Jesus é que
todos nós saiamos daqui restaurados ou aqueles que estão em seus lares, que
também sejam restaurados.
*Você
só precisa ter fé e entregar a Jesus esta situação ou sentimento que exerce
domínio sobre você, para que Cristo o liberte!
Venha até Jesus e deixe que Ele
liberte você de tudo que o aprisiona!
Vamos orar!
Linhares, 17 de janeiro de
2021.
Pr.
Marcos José Milagre
PIB
Linhares – ES
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