sexta-feira, 18 de maio de 2012

INVESTIR PARA A EVANGELIZAÇÃO DOS POVOS É INVESTIR PARA A ETERNIDADE


“INVESTIR PARA A EVANGELIZAÇÃO DOS POVOS É INVESTIR PARA A ETERNIDADE”

19. Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e onde os ladrões arrombam e roubam.
20. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem destroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam.
21. Pois onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Mateus 6.19-21).


Não há ninguém que inicie um projeto sem calcular os custos e planejar toda a logística envolvida no desenvolvimento do mesmo (falo de eficiência dos projetos). Com isso precisamos pensar que ao recebermos a comissão diretamente de Jesus de pregar o evangelho (Marcos 16.15) devemos nos preparar adequadamente para isso.

Não conheço projeto algum sendo desenvolvido que não envolva o emprego de recursos financeiros, pessoais. Tempo e Dinheiro. No projeto de evangelização proposto por Jesus é necessário ainda um ingrediente além de tempo de dinheiro, que não se compra, que não se vende, que não está à disposição em comércio algum: Amor ao próximo.

Jesus resumiu o ensino dos mandamentos a apenas dois, o amor a Deus em primeiro lugar, com toda a alma, entendimento e com todas as nossas forças. É o amor vertical, dirigido ao Senhor.

O segundo e semelhante ao primeiro determina que amemos ao nosso próximo como a nós mesmos.

Nisto está o cerne do evangelismo, o cerne da grande comissão: Amar o meu próximo como a mim mesmo. Se eu não desejo a perdição eterna eu não me sentir confortável ou alienar-me enquanto o meu próximo encontra-se em tal situação.

Quem é pai ou mãe vai entender o que vou dizer agora: Como é bom poder dar um presente ao filho. Seja um doce, um brinquedo, um livro.

Por mais simples que possa ser. Quando vemos o sorriso estampado no rosto do filho(a) bate aquele sentimento de “valeu a pena” investir nisso.

Essa é a liberalidade que o amor provoca. Quando vemos tantas pessoas que tiveram suas vidas transformadas, que deixaram vícios, que agora vivem em um casamento abençoado, que são pais e mães que honram a Deus, é motivo de grande alegria.

Quando penso nas pessoas alcançadas pelo evangelho e sei que um dia estaremos todos no céu, junto de Deus, é difícil segurar as lágrimas.

Volto ao início, isso demanda tempo, dinheiro e amor.

Não posso ir à África, mas há irmãos que podem; eu posso auxiliá-los no sustento. Não posso ir à Amazônia, mas Deus providenciou pessoas para lá estarem, e me deu condições de ter o privilégio de auxiliá-los em suas necessidades materiais, e também espirituais (quando despendemos tempo orando por tais irmãos).

É a consciência de que nada do que usamos é nosso. Minhas roupas, o carro, a casa, o trabalho, minha esposa, meus filhos, tudo pertence ao Senhor. É emprestado!

Devo usar tudo segundo a orientação de Deus que é o proprietário, para sua honra e sua glória.

Investir em evangelização, seja pessoalmente, orando ou sustentando projetos e irmãos que se lançaram em tal tarefa onde não posso ir, é investir para a eternidade pois somos eternos, Deus nos criou assim. Mas para estarmos na eternidade junto dele, no “novo céu e na nova terra” é preciso haver reconciliação, para haver reconciliação é preciso que todos conheçam o amor de Deus em Cristo Jesus.

Para isso precisamos investir: tempo, dinheiro, amor; investir nossas vidas. Isso é investir para eternidade, onde “a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões não arrombam e roubam” (Mateus 6.19 e 20).

Onde está nosso tesouro: Na terra ou no céu?

Junto com ele estarão nossos corações.

Corações que estão no céu foram os daqueles que na terra investiram na evangelização dos povos.

Coloquemos nossos corações no céu, e os recursos na obra missionária!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

MORTE E VIDA DA FELICIDADE

MORTE E VIDA DA FELICIDADE

Pois para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro.(Filipenses 1.21).

Estava lendo o livro “História Ilustrada do Cristianismo”[1], do Dr. Justo L. González, e tive a oportunidade de conhecer a história de grandes homens e mulheres do passado, cristãos que não transacionaram com o mundo, mesmo que isso lhes custasse a vida.

Uma história dentre tantas me chamou a atenção, a da nossa irmã Felicidade.

Felicidade foi uma viúva que por volta do ano 170 d.C. foi martirizada, juntamente com seus sete filhos. Naquela época era comum as viúvas dedicarem-se totalmente ao serviço da igreja, que as sustentava.

O imperador de Roma à ocasião era Marco Aurélio, que ficaria conhecida na história como “o imperador filósofo”. Aquele imperador velhinho e cândido que a ótica cinematográfica mostrou no filme “Gladiador” sendo assassinado pelo filho.

Há alguns anos li a única obra escrita pelo supersticioso Marco Aurélio (a história conta que ele não dava um passo sem consultar seus adivinhos e oferecer sacrifícios pelas suas empreitadas), que lhe rendeu o título de “imperador filósofo”: “Meditações”. À época achei muito interessante que um imperador romano pudesse dedicar-se à especulação filosófica, hoje, entretanto, conhecendo mais sua história, acho que ele acertou somente em uma de suas “sentenças”, que foi dirigida para ele mesmo (XXXVII) [2]:

Um pouco mais e estarás morto. E não conseguiste ainda ser simples nem tranquilo, não venceste o erro de imaginar que te possam se nocivas as coisas exteriores, não adquiriste a benevolência para com todos nem a certeza de que a sabedoria consiste apenas em agir com justiça!

Digo isso pelo trato dado pelo “imperador filósofo” ao caso de Felicidade e seus filhos.

Após a prisão de Felicidade, foram feitas promessas e, negando-se esta a retratar-se, ameaças. Felicidade manteve-se inflexível em sua fé. O prefeito da cidade então passou a fazer o mesmo com seus filhos, mas sua mãe os exortou a permanecerem firmes e todos assim o fizeram.

Diante da rejeição às promessas feitas e o desdém às ameaças, o prefeito encaminhou as atas dos interrogatórios ao imperador Marco Aurélio, que morreu sem alcançar sabedoria, benevolência, sabedoria e justiça, ordenou que diversos juízes proferissem sentenças em face dos acusados, para que cada um sofresse um suplício diferente.

Umas das frases que teria sido dita por Felicidade é muito marcante, tendo sido dirigida ao prefeito enquanto este a ameaçava: “viva, eu te vencerei; e, se me matas, em minha própria morte vencer-te-ei ainda mais”.

Morreu Felicidade e seus sete filhos, fiéis a Cristo, íntegros e verdadeiros até à morte. Morreu vitoriosa.

O que mais me incomoda com a história de Felicidade e seus filhos não é o imperador Marco Aurélio, filósofo de meia-pataca; nem o martírio a que foram submetidos (eles entregaram a vida sabendo em Quem criam, ninguém pode lhes tirar isso), mas o fato de saber que hoje uma fé tão verdadeira a ponto de oferecer a vida com alegria, pelo simples prazer de honrar o nome de cristão que carrega não parece ser encontrada em todos os modernos (ou pós-modernos) cristãos.

Não sei se eu mesmo entregaria a vida com tanta abnegação. Como os advogados dizem “só analisando o caso concreto”, recentemente o pastor Yosef Nadarkhani teve essa oportunidade, e seguiu o caminho de Felicidade.

Mas não falo exclusivamente da morte pelo martírio, gostaria de me deter na vida pelo martírio. Felicidade morreu porque tinha Jesus como seu alvo. Mas será que nós vivemos tendo Jesus como nosso alvo?

Ela não transacionou a fé. Será que hoje nós, cristãos do século XXI transacionamos nossa fé?

Será que os tantos jeitinhos que aparecem para evitarmos situações mais “complicadas” na vida não seriam como se Felicidade negasse a Cristo para manter sua vida e a de seus sete filhos?

Aquela nota fiscal que o empresário não emite (porque o governo já arrecada muito). Aquela assinatura falsa da carteira de trabalho para receber um benefício indevido, seja lá qual for (tem tanta gente recebendo benefício do governo sem ter direito..., os políticos erram muito..., por que eu também não tenho direito...). Aquela compra de DVD pirata que viola direitos autorais (afinal o original é muito caro!). Aquela colinha na hora da prova (afinal de contas todo mundo faz, não é?).

No país tão pacífico em que vivemos, no presente momento não temo a perda da vida física (Deus o sabe se algum dia será necessário), mas temo principalmente a perda da identidade com Cristo, a perda do caráter cristão, a cauterização da mente para o pecado, o menosprezo da santidade.

Temo que algum dia não possamos mais dizer como Inácio, pastor da igreja de Antioquia, que a caminho do martírio, sabendo que os irmãos em Roma pretendiam livrá-lo do cárcere pediu que estes não rogassem para ele a liberdade, mas força para enfrentar a toda prova, “para não somente me chamarem cristão, mas que também me comporte como tal[3].

Felicidade não só podia ser chamada de Cristã, mas se comportou como tal.

E nós, como temos nos comportado?

Pense nisso.

Deus o abençoe.



[1] GONZÁLEZ, Justo L. História ilustrada do cristianismo. São Paulo: Vida Nova, 2011, vol. 1, pp. 52 e 53.
[2] AURÉLIO, Marco. Meditações. São Paulo: Martin Claret, 2001, p. 40.
[3] Op. Cit., p. 49.

domingo, 6 de maio de 2012

TRATAMENTO DIGNO DE DEUS (3 João)

“TRATAMENTO DIGNO DE DEUS”
(3 João)
Mensagem preparada para pregação na PIB Linhares, em 06/05/2012, manhã.

Bom dia, por gentileza, coloquem-se de pé e abram suas Bíblias na 3ª Epístola de João. Eu iria dizer a Epístola a Gaio, mais isso iria dificultar para muitos a localização do texto.

Nós leremos todo a carta, quem ainda não leu a Bíblia essa semana vai poder dizer que leu um livro inteiro hoje (são apenas 15 versículos). Eu farei a leitura na versão de Almeida Século XXI.

A palavra de Deus nos diz assim:

“1. O presbítero ao amado Gaio, a quem amo por causa da verdade.
2. Amado, desejo que sejas bem-sucedido em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como a tua alma vai bem.
3. Pois alegrei-me muito quando os irmãos vieram e em teu favor testemunharam de como andas na verdade.
4. Não tenho maior alegria do que esta: ouvir que os meus filhos andam na verdade.
5. Amado, tu procedes com fidelidade em tudo o que fazes para os irmãos, principalmente o que te são estranhos,
6. os quais testemunharam do teu amor diante da igreja. Tu farás bem se os encaminhares na sua viagem de modo digno de Deus.
7. Pois foi por causa do Nome que saíram, sem aceitar nada dos gentios.
8. Portanto, devemos acolher os que forem com eles, para que sejamos cooperadores da verdade.
9. Escrevi à igreja, mas Diótrefes, que gosta de ser o líder entre eles, não nos recebe.
10. Por isso, se eu vos visitar, trarei à memória as coisas que ele faz, proferindo palavras insensatas e maldosas contra nós. Como se isso não fosse bastante, ele não recebe os irmãos, como também proíbe de fazê-lo os que querem recebê-los e ainda os exclui da igreja.
11. Amado, não imites o mal, mas sim o bem. Quem faz o bem é de Deus, mas quem faz o mal não viu a Deus.
12. Mas, quanto a Demétrio, todos dão testemunho dele, até a própria verdade. Nós também damos testemunho, e sabes que nosso testemunho é verdadeiro.
13. Eu tinha muitas coisas para te dizer, mas não quero fazer isso com tinta e pena.
14. Espero, porém, ver-te em breve, e falaremos face a face.
15. Paz seja contigo. Os amigo te cumprimentam. Cumprimenta os amigos daí um a um.” (Lucas 9.23).

INTRODUÇÃO:

O contexto desta carta é a conduta de alguns líderes de uma das igrejas da Ásia Menor, o texto não nos diz com precisão qual seria essa igreja.

Mas pelo seu conteúdo sabemos que dois líderes (Gaio e Demétrio) são destacados como sendo crentes fieis, preocupados com a expansão do Reino de Deus, com a obra missionária, com sustento missionário.

Contrariamente a estes, um líder chamado Diótrefes, é repreendido por sua falta de amor, por sua conduta ditatorial na igreja.

Muito embora essa seja uma carta pessoal, dirigida a uma crente em particular, Gaio, nela o apóstolo João tem muito a nos ensinar sobre qual deve ser a nossa conduta diante da obra missionária.

Nós estamos em campanha de Missões Mundiais. Estamos vivendo os 100 (cem) dias que impactarão o Brasil. É apropriado que saibamos com precisão como o ensino apostólico de João presente nesta carta se aplica a nós, membros da Primeira Igreja Batista em Linhares.

O verso 6 que lemos traz uma expressão muito significativa na sua parte final, que diz assim: “(...) Tu farás bem se os encaminhares na sua viagem de modo digno de Deus.”

“(...) de modo digno de Deus.”

Essa expressão inquietou muito o meu coração. João falava dos missionários que eram enviados para pregar o evangelho. Ele disse a Gaio que a igreja devia tratá-los e à obra missionária, de uma forma que fosse digna de Deus.

Eu fiquei a refletir: Como é maneira “digna de Deus”, para eu tratar a obra missionária?

E principalmente: Eu tenho tratado a obra missionária de uma maneira “digna de Deus”?

Pensando nisso eu gostaria que nós analisássemos os ensinos de João na sua epístola a Gaio.

E o primeiro aspecto que eu destaco é que: Para darmos um tratamento digno de Deus à obra missionária devemos...

1) Nos preocupar com o Reino em primeiro lugar. (v. 5 e 9).

“5. Amado, tu procedes com fidelidade em tudo o que fazes para os irmãos, principalmente o que te são estranhos,
(...)
9. Escrevi à igreja, mas Diótrefes, que gosta de ser o líder entre eles, não nos recebe.” (3 João 5-a e 9).

Diótrefes é uma dessas pessoas que não faz jus ao nome.

O significado de Diótrefes é “nutrido por Deus”. Alguém que alimentado, sustentado cheio de Deus.

Seu nome significa uma pessoa em que Deus é quem preenche o seu ser, a sua vontade.

Mas o Diótrefes não era assim. O verso 9 diz que ele queria ser “líder entre” os irmãos.

É o manda-chuva, aquele que tem o desejo de mandar, aquele que, segundo o seu entendimento, deve prevalece a sua vontade.

É um insubmisso por natureza, pois tem o desejo de que todos se submetam à sua vontade.

O problema de gente como Diótrefes é que a vida cristã é uma vida de submissão.

Os irmãos que estão fazendo o curso de liderança com nosso Pastor já estão aprendendo que “A liderança de Jesus” é a do “líder com coração de servo”, é isso que o primeiro versículo para memorizar indica: “Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Marcos 10.45).

A carta no informa que Gaio tinha esse caráter de líder, o verso 5 diz que ele procedia com fidelidade em tudo o que fazia para os irmãos, principalmente os estranhos.

Nós precisamos entender que a palavra “fidelidade” do verso 5, no original grego (pistós) traz a idéia de alguém que é fiel na transação de negócios, na execução de comandos, ou no desempenho de obrigações oficiais.

Mas principalmente, é alguém que é fiel à fé com a qual se comprometeu.

Gaio era alguém fiel ao compromisso de todo cristão de apoiar a obra missionária.

Nós precisamos ter em mente que Missionário precisa comer também, missionário precisa de roupas, missionário precisa de moradia.

E principalmente, missionário precisa de orações, precisa do nosso carinho.

Diótrefes era alguém egoísta, suas necessidades vinham em primeiro lugar. Gaio deve ter enfrentado a ira de Diótrefes por ter hospedado missionários. Às vezes precisamos enfrentar situações que querem assumir a primazia do Reino de Deus nas nossas vidas. Para ser fiel ao compromisso com Deus por  é necessário priorizar o Reino, e assumir as consequencias disto.

Jesus nos ensinou a sempre priorizar o Reino em detrimento da ansiedade com as coisas materiais. Veja o texto de Mateus 6, verso 33:

Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6.33).

Não sejamos nós como Diótrefes.

O tratamento digno de Deus à obra missionária requer renúncia. Renúncia aos nossos interesses para que os interesses do Reino de Deus venham em primeiro lugar.

Nós estamos vivendo os 100 dias que impactarão o Brasil. A Junta de Missões Nacionais produziu o manual de oração dos 100 dias. Muitos irmãos já adquiriram este livro que traz os motivos diários de oração durante este tempo especial para o povo batista.

Usar este material para o culto doméstico tem sido abençoador. Estamos tendo a oportunidade de ensinar aos nossos filhos o valor da oração e o compromisso com a obra missionária.

Mas ser fiel à obra missionária de uma forma que ela receba um tratamento digno de Deus requer tempo e investimentos.

Investimentos no sustento. Tempo para oração.

Jesus ao se retirar no monte das oliveiras levando consigo Pedro, Tiago e João, disse a eles que orassem para não entrarem em tentação, porém ao voltar encontrou os discípulos dormindo, então eles os repreendeu:

Não pudeste vigiar comigo nem uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”(Mateus 26.40-41).

Precisamos de tempo de oração. Tempo para interceder junto a Deus pela obra missionária. O apóstolo Paulo exorta a igreja em Tessalônica: “Orai sem cessar”. (1 Tessalonicenses 5.17).

O cristão nunca é tão grande do que quando está de joelhos.

Invista na obra missionária, reserve tempo para orar junto com sua família, seus amigos por missões, pela nossa igreja, pelas necessidades dos irmãos, eu e você seremos considerado fieis diante de Deus se agirmos assim e estaremos priorizando o Reino de Deus.

Continuando nossa caminhada, o segundo aspecto que eu destaco sobre o tratamento digno de Deus para a obra missionária é que precisamos ser...

2) Cristãos verdadeiros (v. 3, 8 e 12).

“3. Pois alegrei-me muito quando os irmãos vieram e em teu favor testemunharam de como andas na verdade.
(...)
8. Portanto, devemos acolher os que forem com eles, para que sejamos cooperadores da verdade.
(...)
12. Mas, quanto a Demétrio, todos dão testemunho dele, até a própria verdade. Nós também damos testemunho, e sabes que nosso testemunho é verdadeiro.” (3 João 3 e 12).

Gaio e Demétrio eram homens que o apóstolo João afirma que a verdade estava com eles.

No verso 8 vemos João aconselhando Gaio a receber os missionários “para que sejamos cooperadores da verdade”.

Mas que verdade é essa que precisamos ser cooperadores dela para que a obra missionária receba um tratamento digno de Deus?

Essa verdade é o evangelho de Jesus Cristo. João fala isso no verso 7:

“7. Pois foi por causa do Nome que saíram, sem aceitar nada dos gentios.”

Pois foi por causa do Nome(...)”

O apóstolo Paulo, na carta ao Filipenses, capítulo 2, verso 9 diz assim sobre Jesus:

“9. Por isso, Deus também o exaltou com soberania e lhe deu o nome que está acima de qualquer outro nome;”

Como cristãos somos chamados para uma vida verdadeiramente cristã, pois carregamos conosco no Nome de Jesus.

Não podemos ser displicentes com a obra que nos foi confiada, nem com o nome que carregamos.

Nós temos muito a aprender com alguns irmão do passado.

Inácio, bispo de Antioquia, por volta do ano 107 d.C. foi acusado pelo Império Romano. A acusação era de ser cristão.

Inácio, ou Inácio de Antioquia, como ficou conhecido na história, foi preso e transportado a Roma para ser julgado.

Em razão da sua idade avançada, alguns irmão da igreja em Roma queriam livrá-lo da prisão. Inácio se opôs a isso, ele pediu aos irmão que não orassem por sua liberdade, mas “para não somente me chamarem cristão, mas que também me comporte como tal[1].

Cristão não só de nome, mas de atitude. Cristão na vida diária, no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos pessoais e comerciais.

Cristãos na atividade missionária.

Uma característica da igreja do primeiro e segundo século, é que, ao contrário do que possamos imaginar, a obra evangelística não estava exclusivamente a cargo de líderes ou dos apóstolos.

Paulo foi um grande evangelista, mas isso não era característica somente dele.

Cada cristão era um evangelista, a evangelização acontecia onde cada cristão estava, na sapataria, no mercado, entre os escravos.

Onde houvesse um cristão e um não cristão este estaria sendo evangelizado.

Cristãos verdadeiros, Cristãos evangelistas.

Como cristãos verdadeiros precisamos nos engajar nos projetos missionários, essa é uma marca distintiva de nós batistas.

No domingo passado, à noite, estava visitando a igreja onde me batizei.

Formalmente ainda é uma igreja batista, muito embora o culto seja pentecostal. Mas a “renovação” pela qual a igreja passou resultou em mais barulho durante o culto, mais gritos, mais supostas manifestações “profecias”, mais choro, mas acabou com a escola bíblica dominical e acabou a promoção missionária.

Uma igreja que não se envolve com missões está sendo infiel à comissão dada por Jesus (a grande comissão): “15. Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. 16. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” (Marcos 16.15-16).

Nós temos um grande desafio neste ano. Do dia 30 de junho a 14 de julho de 2012 estaremos vivendo a Transcapixaba. Nosso estado será alvo de missões.

Linhares é uma das bases de missões. Nossa Igreja receberá duas equipes de missionários, composta de 16 (dezesseis) integrantes cada, uma equipe para a Frente Missionária em Interlagos e outra para a Frente Missionária no Bairro Canivete.

Nós precisamos abraçar este projeto. O nosso desafio é inscrever 9% dos membros como missionários em tempo integral do dia 30 de junho a 14 de julho.

Este é um desafio para mim e para você.

A Jéssica já disse que ela é um desses missionários, eu disse: - que bom, só precisamos de mais 49, e tenho certeza que Deus proverá.

Mas nós, como cristãos verdadeiros, precisamos nos alistar como voluntários nesse grande projeto para a expansão do Reino de Deus

Se você deseja ser um missionário do dia 30 de junho a 14 de julho procure a secretaria da igreja e deixe seu nome.

Se você quer participar do ministério de evangelismo da nossa igreja, deixe seu nome na secretaria da igreja, nós temos trabalho para todos. São muitos projetos em que você pode atuar, não fique de fora.

Esse tratamento digno de Deus dispensado à obra missionária transforma cada um que se dispõe a ser um cristão verdadeiro, que coloca o Reino de Deus acima de seus interesses. Essa transformação traz...

3) Saúde espiritual. (verso 2).

2. Amado, desejo que sejas bem-sucedido em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como a tua alma vai bem.” (3 João 2).

Gaio é um nome de origem latina “Gaios”. Significa “senhor”.
É interessante que o líder cristão aprovado tenha o nome de Senhor, mas que Jesus é quem seja o senhor da sua vida.

O senhorio de Cristo e a fidelidade de Gaio à obra missionária lhe renderam uma vida espiritual saudável.

O apóstolo João reconhece isso por toda a epístola dirigida a Gaio, e lhe deseja que a sua saúde física e tudo mais em sua vida esteja tão bem como o seu espírito. Que bonito isso.

Isso é reconhecimento da parte de Deus pela fidelidade de Gaio no cuidado com os missionários, no zelo pela pregação do evangelho puro, da sua humildade em ser um líder que serve, que não busca seu próprio interesse, que põe os interesses do Reino de Deus em primeiro plano.

Vida espiritual saudável requer alimentação saudável da palavra de Deus, exercício espiritual da oração, e tudo isso a serviço da evangelização, de missões, tudo voltado para glorificar a Deus.

No seminário, durante a aula de missões a professora colocou uma questão interessante que é a seguinte: - Você está satisfeito com a sua vida de oração?

Isso nos traz um questionamento mais abrangente: - Como está a nossa saúde espiritual?

Temos orado e meditado nas escritura a fim de darmos um tratamento digno de Deus à obra missionária?

Quanto tempo e recursos temos dispensado à obra missionária?

Gaio investiu tempo e recursos para sustentar a obra missionária e foi chamado de fiel.

Demétrio foi reconhecido pela verdade do evangelho que havia nele.

Diótrefes é lembrado apenas como um homem egoísta que prejudicou a obra missionária.

A quem nós nos assemelhamos mais: a Gaio e Demétrio ou a Diótrefes?

Daremos um tratamento digno de Deus à obra missionária?

Nossa saúde espiritual depende dessa fidelidade.

CONCLUSÃO:

Eu gostaria que nos fizéssemos um momento de oração por missões.

O autor da meditação de hoje dos 100 dias que impactarão o Brasil é o Pastor Luís Roberto Silvado, Professor da Faculdade Teológica Batista do Paraná e Pastor da IB Bacacheri, em Curitiba/PR, ela tem o tema “Maturidade Espiritual dos Crentes – A invisível Quilha”.

Quilha é uma parte do navio que permanece submersa e é responsável pela estabilidade do navio, para que ele não afunde e tenha um curso certo. Ele é invisível aos nossos olhos, mas sem ela o navio não permanece de pé, nem anda no curso certo. O Pr. Luís diz que a nossa maturidade espiritual é essa quilha que não nos deixa cair e nos faz andar no curso certo.

Vamos orar pelos motivos elencado hoje que são: 1) Maturidade na fé cristã; 2) por uma relação pessoal fervorosa com Cristo; 3) Por um ministério de Discipulado Multiplicador em cada igreja; 4) Investimento de tempo diário parar oração e leitura da Bíblia; e 5) pelo apoio das igrejas nas TRANS 2012.

Eu gostaria de orar por esses motivos, e que o nosso pastor ore especificamente para que Deus levante trabalhadores para a seara, missionários da nossa Igreja para trabalharem aqui na Base Linhares da TRANSCAPIXABA em julho.

ORAÇÃO.


[1] GONZÁLEZ, Justo L. História ilustrada do cristianismo. São Paulo: Vida Nova, 2ª ed. revisada, vol. 1, 2011, p. 49.