*“MÃE: FÉ DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO!”
(2 Timóteo 1.1-5)
Sermão preparado para a PIB Linhares, em 09/05/2021, domingo
manhã, homenagem às mães.
Bom dia irmãos, em especial
bom dia às mamães, tanto as que estão aqui no templo hoje, quanto as que estão
em casa com seus filhos cultuando a Deus conosco, e também as que vão assistir
à gravação do culto depois!
Meu beijo especial vai para
minha mãe, dona Therezinha, gostaria que ela estivesse assistindo agora; outro
beijo especial para minha esposa, Esther, mãe dos meus filhos; ambas me
ajudaram a compreender como é ser mãe ao escrever essa mensagem.
Por isso eu quero meditar
nesta manhã sobre a maternidade; sobre suas dificuldades e também sobre suas
bênçãos. Eu quero tentar lançar uma luz sobre ser mãe tendo como referência o Evangelho de Jesus Cristo.
E eu digo sobre ter o
“Evangelho de Jesus Cristo” por referência, pois nós podemos perceber que há três maneiras de ser mãe; na
verdade há três maneiras de viver a vida, e como ser mãe faz parte de você
viver a sua vida, eu quero mostrar estas três maneiras.
E para isso, eu peço que
você abra sua Bíblia na 2ª Carta de Paulo a Timóteo, capítulo 1, versos 1 a 5:
“1. (...).” (2 Timóteo 1.1-5).
Mãe:
Fé de coração para coração!
Vamos orar mais uma vez.
Este texto é muito bonito,
pois vemos duas gerações de mães sendo elogiadas pelo Apóstolo Paulo: Loide e Eunice, respectivamente
avó e mãe de Timóteo.
*Nós sabemos algumas coisas sobre a família de
Timóteo, por exemplo, sabemos que sua avó e mãe eram judias e seu pai era
grego, da região da Frígia, e moravam em Listra. É o que diz o texto de Atos
16.1-3:
“1. E chegou também a Derbe e Listra. Havia ali um
discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego;
2. e os irmãos de Listra e Icônio davam bom testemunho
dele.
3. Paulo queria que ele o acompanhasse; tomou-o, então, e
o circuncidou, por causa dos judeus que viviam na região; porque todos sabiam que seu pai era grego.” (At 16.1-3).
*Há uma discussão se Loide também era cristã,
ou uma judia devota que ensinou à filha a devoção ao judaísmo e depois Eunice
teria se convertido ao cristianismo, mas não há certeza sobre isso.
*Algumas pessoas perguntam, como é que uma
judia foi se casar com um grego? Um comentarista afirma que à época, o
casamento com um grego de origem Frígia (a essa região aqui do mapa) era visto
como uma forma de elevação do nível social e não como um sinal de decadência
das instituições religiosas[1].
Apesar de Timóteo não ter
sido circuncidado na época correta, que segundo o judaísmo ocorria ao oitavo
dia de nascido, como sinal de ingresso na Aliança de Deus com Abraão (Gn
17.9-14 e Levítico 12.3); o que mostra que a família não tinha uma prática comunitária judaica (pública)
ligada à sinagoga (provavelmente em razão do pai ser grego), percebemos
que Eunice era uma mulher muito
dedicada a Deus no seu convívio familiar (dentro da sua casa), tanto
pelo elogio que Paulo faz a Loide quanto a ela, e, ainda, pelo fato de ela ter promovido a instrução de Timóteo no
conhecimento das Escrituras, as “Sagradas Letras”, o que chamamos hoje
de Antigo Testamento.
*É o que Paulo diz em 2 Timóteo 3.15:
“15. Pois desde
a infância sabes as Sagradas Letras, que podem fazer-te sábio para a
salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” (2 Tm 3.15).
Na cultura judaica, era
papel do pai ensinar as Escrituras (AT) ao filho, como o pai de Timóteo era
grego, não foi ele quem ensinou a Bíblia para o filho, logo, isso com certeza
coube a Eunice fazer.
Quantas mães ainda hoje
precisam assumir papeis, em vários sentidos (material, emocional e espiritual), que seriam do esposo/pai, ou compartilhado com ele, na criação dos filhos.
São mães como Eunice que não
deixam a peteca cair se um pai não exerce o privilégio e responsabilidade da
paternidade! Deus abençoe abundantemente as mães que assumem estes papeis para
que seus filhos sintam o menor impacto possível a ausência da figura paterna em
suas vidas!
Feito esta pequena
ambientação da família de Timóteo, que quero voltar a falar sobre as três
formas de ser mãe, com as lentes do Evangelho de Jesus Cristo.
Porque há diferentes níveis
ou formas de exercer a maternidade. Há coisas que compartilhamos até com os
animais criados por Deus.
Esta semana eu estava
conversando com o irmão Jamir e ele me contou uma história muito interessante
sobre uma cadelinha que deve um dos filhotes atropelados próximo ao Bairro
Canivete, como aquele animalzinho ficava rodeando o filhote morte, e aparentava
aflição pelo outro filhote que estava do outro lado da estrada e que podia ser
atropelado também, até que alguém se condoeu da situação e pegou o filhote e
atravessou a pista para levar até ela, tirando eles ali do perigo.
Os animais foram criados por
Deus, não são criados à “imagem e semelhança de Deus” como
nós seres humanos (Gn 1.26), mas nós percebemos características comuns até nas
mamães animais que agem por instinto dado pelo Criador: elas protegem os
filhotes, os alimentam, são capazes de enfrentar predadores muito mais fortes e
maiores que elas para proteger a cria.
Qual
mãe humana também não faz isso? Protege, cuida e alimenta os seus filhos?
Mas criadas à imagem e
semelhança de Deus, você mamãe possui outras características que vão além do
puro instinto de proteção, alimentação e cuidado.
O nome “Eunice” significa “vitoriosa”!
Deus deseja que todas as mães sejam vitoriosas, por isso é necessário
reconhecer como é uma mãe que o próprio Deus diz que será vitoriosa, e, para
isso, vamos pensar na primeira forma de viver a vida e ser mãe ao viver esta
vida:
*1) MÃE SEGUNDO OS PADRÕES DA CULTURA GERAL! (At 16.3).
“3. Paulo queria que ele o acompanhasse; tomou-o, então, e o circuncidou, por causa dos
judeus que viviam na região; porque
todos sabiam que seu pai era grego.” (At 16.3).
Lucas informa aqui no Livro
de Atos que Timóteo não foi circuncidado na época correta, que segundo o
judaísmo ocorria ao oitavo dia de nascido.
A circuncisão era, e ainda
é, no judaísmo, o sinal de ingresso na Aliança de Deus com Abraão (Gn 17.9-14 e
Levítico 12.3):
“10. Esta é a
minha aliança, que guardareis entre mim, vós e tua futura descendência:
todo aquele do sexo masculino dentre
vós será circuncidado.
14. Mas quem
for incircunciso, quem não tiver sido circuncidado na pele do prepúcio,
será extirpado do seu povo, pois
violou a minha aliança.” (Gn 17.10 e 14).
Apesar de Loide e Eunice
serem judias, Timóteo não estava incluso no povo de Israel, não estava na
aliança de Deus com Abraão até o momento que Paulo o circuncidou, por receio da
rejeição que os demais judeus poderia ter com ele ao pregar o Evangelho.
A
questão é: Porque Eunice privou o filho de participar da comunidade da aliança?
Como eu disse, a explicação
mais provável é que o pai, sendo grego, não permitiu que Timóteo fosse
circuncidado, talvez o pai o quisesse criar como grego, sem os costumes que a
religião judaica previa para seus membros.
Timóteo
seria criado pelo pai para a cultura geral em que estava imergido e não de
acordo com a cultura religiosa judaica, e, precisamente neste ponto, Eunice
assentiu com essa decisão (não vou ingressar na
discussão sobre submissão da mulher ao esposo, em especial na cultura do
primeiro século).
O fato objetivo é: Timóteo não
foi circuncidado, logo, foi privado da cultura judaica e estava imerso na
cultura grega, ou de uma forma bem ampla, uma cultura geral.
Eu preciso explicar a você o
que eu digo quando falo em cultura geral, pois não sou avesso às manifestações
culturais. Deus criou o homem e nos deu sabedoria, inteligência, e senso estético.
Temos músicas, filmes, literatura que são extremamente belos e glorificam a
Deus pela ação destas pessoas que criaram tal beleza, mas me refiro à “cultura
geral” referente àquilo que contraria a Bíblia, que é onde encontramos a revelação
especial de Deus, da sua pessoa e vontade.
*A cultura
geral é o que nós chamamos costumeiramente de “Mundo” a cultura geral
atual, marcada pela pós-modernidade ou modernidade tardia, ou modernidade
líquida, possui uma marca muito forte daquilo que alguns sociólogos chamam de
“mistificação”[2].
*Mistificação é quando a cultura que nos cerca
(filmes, teatro, músicas, livros, imprensa, redes sociais) tem uma narrativa ou
uma verdade que é diferente da narrativa bíblica, ou verdade bíblica e nós
somos levados a crer que essa narrativa da cultura geral são “fatos incontestáveis”
a respeito da realidade.
Então a cultura geral que
tem uma cosmovisão da modernidade secular transmite aos nossos filhos e a nós
também, conceitos que parecem um “consenso” e se você questionar estes
conceitos vai parecer algo absurdo, porque para quem está imerso na cultura
geral, a verdade do Evangelho é algo absurdo!
No caso de Timóteo, para o
pai dele, grego, imerso na cultura geral grega, fazer uma cirurgia fisicamente
desnecessária no órgão sexual masculino do seu filho com apenas 8 dias de
nascido podia parecer um fanatismo desnecessário, uma excentricidade, um risco
à saúde do bebê Timóteo (vai que pega uma infecção e o menino morre...). Porque
a circuncisão era próprio da verdade bíblica (ingressar na aliança de Deus com
Abraão), não era próprio da cultura grega.
Um exemplo mais atual: a
Bíblia diz que todos nós
somos pecadores (Rm 3.23), todos, sem exceção; que por isso estamos condenados
(Rm 6.23), mas que por meio da Graça somos salvos, pelo sacrifício substitutivo
de Jesus Cristo, se o aceitarmos como nosso Senhor e Salvador (João 3.16). E
uma vez salvos, devemos viver em submissão àquele que nos Salvou, sendo santos
e santificados a cada dia: Esta é a
verdade Bíblica! É o Evangelho!
Mas qual é a mensagem da
cultura geral que nos cerca? Eu resumi nessas frases:
*“Seja fiel a si mesmo”. “Corra atrás da
felicidade e não abra mão dela”. “ Você deve ter liberdade de viver como
quiser, desde que não prejudique outros”. “Ninguém tem o direito de dizer aos
outros o que é certo e errado”. “Viva de acordo com a sua verdade”.
Cada uma dessas frases é contrária ao ensino bíblico sobre
discipulado, sobre o pecado e a graça; e, ainda, sobre o caráter de Deus. E
essas ideias são difundidas a nós e nossos filhos de forma consistente e
contínua, como se fossem uma verdade boa, correta, inquestionável!
A mãe que é influenciada
principalmente pela cultura geral vai transmitir ao seu filho a ideia de que a
cultura geral é a correta e que a Bíblia é desatualizada ou ultrapassada; que a cultura geral é a moda, é
o atual, é a verdade, é “top”, é “pop”.
*Você mãe, precisa ter as verdades bíblicas enraizadas no seu coração
para entendê-las, vivê-las e ensiná-las aos seus filhos.
Se uma dessas grandes
verdades bíblicas não fizer sentido
para você, se não mudar o seu
coração; se não impactar a forma como você fala e age; você
dificilmente vai conseguir transmitir ao seu filho!
Não quer dizer que o seu
filho, a sua filha vai entrar nas drogas, beber, fumar, se prostituir, ou que
ele não vá conseguir um bom emprego!
Atos 16.2 diz que os irmãos
de Listra e Icônio davam bom testemunho de Timóteo, provavelmente era um bom rapaz mesmo antes de ser cristão!
Há filhos de pessoas que não
são cristãs que são boas pessoas,
no sentido de comprar e pagar corretamente; horar os compromissos; serem bons
profissionais; ajudar outras pessoas que precisam; não são cristãs, mas possuem
uma boa “índole moral”.
Seguir a cultura do mundo não significa
que seus filhos serão imorais, mas
significa que eles não vão reconhecer Jesus Cristo como Senhor e Salvador,
pois vão aprender a colocar sua esperança,
confiança, referencial em outra coisa ou outra pessoa que não é Jesus
Cristo, isso se chama IDOLATRIA,
e a Bíblia diz que eles vão sofrer por isso, nesta terra e o que é pior, na
eternidade!
Mães segundo os padrões da
cultura geral permitem que a cultura que as cerquem fale mais alto que os
padrões bíblicos para maternidade, casamento, família, trabalho etc.
São elas quem decidem o que
é melhor para elas e seus filhos! Aos seus olhos, ninguém tem o direito de se
meter na criação dos seus filhos!
Mas temos um segundo tipo de
mãe, que é a...
*2) MÃE SEGUNDO OS PADRÕES DA RELIGIÃO (2 Tm 3.15).
*“15. Pois
desde a infância sabes as Sagradas Letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” (2 Tm 3.15).
Ainda sobre Eunice, mãe de
Timóteo. Ela permitiu que o filho ficasse afastada da prática pública do Judaísmo
na Sinagoga, permitiu que o filho fosse exposto à cultura geral grega, mas o
texto de 2 Tm 3.15 diz que o filho aprendeu desde criança as “Sagradas Letras”.
Como sempre lemos no mês da
família, o texto de Deuteronômio 6 “ouve, ó Israel” (v. 4) faz parte
deste mandamento para que os filhos sejam instruídos na Palavra de Deus.
Aprender a Bíblia (no caso o
Antigo Testamento) fazia parte da cultura religiosa judaica.
Timóteo foi instruído na
Palavra de Deus. Só um detalhe que às vezes nos escapa e está relacionado a
este subtema “mães segundo os padrões da religião”, que é essa expressão de 2
Tm 3.15: “...que podem...”.
*“Que podem...” significa que necessariamente
vão “fazer-te
sábio para a salvação”?
*Paulo está dizendo algo assim: Timóteo, você
conhece a lei, a lei é boa (e Paulo diz em outras passagens que a Lei de Deus é
boa – 1 Tm 1.8) E TEM O POTENCIAL
“PARA FAZERTE SÁBIO PARA A SALVAÇÃO”.
Mas Paulo não diz que pelo
simples fato de Timóteo conhecer a Lei (o Antigo Testamento) poderia conduzi-lo
necessariamente à salvação.
Eu posso dizer a vocês que
há um almoço muito saboroso do dia das mães esperando cada um de nós depois do
culto, e você pode se deliciar com aquela boa comida, SE você for até a casa em que está sendo servida a comida!
A condição que Paulo
apresenta é conhecer a Bíblia e ser salvo “pela
fé que há em Cristo Jesus”!
*A Lei de Deus é boa o problema é que nós não
damos conta de fazer sozinhos tudo que a Lei exige. Paulo diz que a finalidade
da lei é nos levar a Cristo (Gálatas 3.24):
“24. Desse modo, a lei se tornou nosso guia para nos
conduzir a Cristo, a fim de que pela fé, fôssemos justificados.” (Gálatas
3.24).
E isto pode trazer
complicações muito sérias para o coração da mãe “segundo os padrões da
religião”.
Porque a mãe segundo os
padrões da religião vai fazer tudo o que lhe é ensinado e exigido, tudo o que é
possível segundo a concepção da sua religião para que seu filho seja uma
benção!
Isso é uma coisa boa! Mas
não é o suficiente! Nunca vai ser suficiente! Eu explico.
*Porque
a mensagem puramente religiosa é: Se você fizer tudo isso (aí é apresentado para essa mãe uma relação de
atividades) seu filho será abençoado!
Mas e se essa mãe cumprir
toda essa lista de afazeres religiosos e o filho der problemas?
O que vai passar pela mente
dela: Eu errei em que? Onde eu errei?
*Vai
ficar um peso sobre os ombros dessa mãe!
-Será que eu deveria ter
lido mais a Bíblia; ou orado mais; ou levado mais meu filho para as atividades
da igreja? O quanto mais eu precisaria
fazer para meu filho dar certo?
Ninguém consegue saber o
quanto mais pode fazer para que o filho seja uma benção!
Por outro lado, que parece
não ser tão ruim, mas é tão ruim quanto:
“Tome essa lista de tarefas
religiosas, cumpra e seu filhos será uma benção!” A mãe cumpre todas aquelas
tarefas e deu certo!
*Então
eu pergunto a você mãe:
Em que ou quem essa mãe vai
colocar sua esperança, referencial,
alegria, pelo fato do filho
ter dado certo?
Será na Graça de Deus e no
sacrifício de Jesus Cristo?
Ou será na capacidade dela mesma em fazer com
perfeição as atividades religiosas?
Você percebe que o padrão
religioso é bom (é bom participarmos das atividades na igreja, é bom fazermos
atividades que a Bíblia diz que vão nos edificar), mas que em razão da nossa
própria limitação, isso é insuficiente?
Ele é bom porque te dá
condições de saber qual é a vontade de Deus expressa na sua Santa Lei,
mas é insuficiente porque se
você entender que:
(i) atingiu
as metas, o que é muito difícil, os louros da vitória são seus e não da
Graça de Deus (então você mesma passa a ser de forma prática a sua própria
senhora e salvadora e não Jesus Cristo);
(ii) se
você percebe que não conseguiu atingir
aquelas metas, e seu filho não é a benção que você esperava, você vai se
frustrar e se perguntar: Onde foi que eu errei? O que eu fiz ou deixei de
fazer? (Porque, da mesma forma, Jesus
Cristo não foi o referencial para sua paz, esperança e alegria, foram
suas ações, isso também é idolatria).
Não é semântica ou mero
recurso verbal, pode até parecer bobagem, mas faz toda diferença na vida das
pessoas que amamos!
O modelo de mãe religiosa, é
a mãe que faz “investimentos” no filho. Quem investe espera lucro de volta, ou
não investiria. Ela poupa, investe, administra, o projeto de quem investe é sempre obter lucro, se o lucro vem é sabedoria de quem
investiu, se não vem, é inépcia de quem investiu errado, ou não investiu corretamente.
Por isso Paulo escreve a
Timóteo que as Sagradas Letras podem salvá-lo, mas isso só vai acontecer se pela fé sincera (a mesma fé
que habitou em sua vó Loide e sua mãe Eunice) em Cristo Jesus (eu uni 2 Timóteo
1.5 e 3.15 para nossa compreensão sobre essa fé de que Paulo fala).
Esse é o terceiro tipo de
mãe, a que eu oro para que você seja, é uma mãe que não investe no filho, assim
como Jesus, ela doa ao filho,
que é a...
*3) MÃE SEGUNDO OS PADRÕES DO EVANGELHO. (v. 5).
*”5. Também recordo a fé sincera que há em ti, que primeiro habitou em tua avó
Loide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti.”
(2 Tm 1.5).
*Doação é diferente de investimento!
Mães precisam se doar e não
investir em seus filhos!
Como eu disse, o “Investimento”
espera retorno pelo que fez
(Eu invisto – Eu recebo de volta: EU), essa é a ótica da religião.
*Como Jesus é nosso padrão, precisamos ver
qual o padrão de Deus em Jesus para aplicarmos aos relacionamentos, em especial
o mãe:
*Jesus investiu nas pessoas ou Ele se doou às pessoas?
*“16. Porque
Deus amou tanto o mundo, que deu
o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha vida eterna.” (João 3.16).
*“4. que se
entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos livrar deste mundo
mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai.” (Gálatas 1.4).
*“14. que
se entregou a si mesmo por nós para nos remir de toda a maldade e
purificar para si um povo todo seu, consagrado às boas obras.” (Tito 2.14).
*“Doação”
(dar-se; entregar-se) faz com que você se entregue completamente na criação do
seu filho, mas você consegue descansar, ter paz, esperança, na pessoa de Jesus
Cristo, porque deixa o que vem depois com Deus!
O
resultado não é seu, não decorre da sua conduta, é graça de Deus!
O
seu papel é se doar, se entregar como Jesus se entregou, totalmente, à criação do seu
filho (isto envolve os atos religiosos
também, porque a doação envolve ler a Bíblia e orar com os filhos, fazer o
culto doméstico, interceder por eles), mas assim como você descansa na
graça de Deus, na obra consumada de Jesus, seu filho vai aprender a descansar
também em Jesus Cristo: Isso é fé de coração a coração!
Vocês perceberam que eu usei
a mesma pessoa, Eunice, para
falar sobre a (i) mãe segundo os
padrões da cultura; sobre (ii) a mãe
segundo os padrões religiosos e a (iii)
mãe que vive o Evangelho?
O
que você entendeu com isso? Eu vou explico:
*Que você mãe, assim como qualquer pessoa,
pode acontecer de passar por estas três formas de viver a maternidade mesmo
sendo uma mulher que já entregou sua vida a Jesus e que você vai precisar buscar todos os dias viver sua vida segundo o
Evangelho, porque O MODO
PADRÃO DO NOSSO CORAÇÃO VAI BUSCAR NOS ARRASTAR para a cultura geral ou para a cultura religiosa!
Nenhum
destes dois modos padrões do coração humano colocam Jesus Cristo como Senhor e
Salvador de suas vidas, mas depositam a esperança paz e alegria de seus
corações em ídolos que vão fracassar!
Aí é que entra a Fé, a fé
nos ajudar a descansar unicamente na obra consumada de Jesus Cristo! Nosso
padrão, referencial, motivo de alegria, paz, e esperança passam a ser
unicamente Jesus!
O tema da nossa reflexão é Fé, de coração a coração.
É curioso que a Bíblia não
traga muitos conceitos, ou definições prontas; ela traz mais comandos (faça isso, não faça
aquilo); e, em especial, ela apresenta princípios
de como viver a vida; mas em uma exceção abençoadora, a Bíblia define com todas as letras o que é fé (Hebreus 11.1):
“1. A fé é garantia do que se espera e a prova
do que não se vê.” (Hebreus 11.1).
FÉ: (1) GARANTIA (do que se espera). (2) PROVA (do que não se vê).
Em nenhuma das duas
colocações a fé está firmada no que você faz, a fé não está firmada na sua
capacidade de mudar seu filho, ou de fazer com que Ele seja uma benção.
Fé é fruto de confiança, de
depositar a confiança na pessoa certa!
Você pode fazer tudo que a
religião manda (são coisas boas, mas são por si só insuficientes); porque se você não depositar sua fé
unicamente em Jesus Cristo mãe, você
não vai transmitir essa FÉ SINCERA ao seu filho; porque você vai estar
ensinando que ele pode colocar a confiança dele na própria força; na própria
inteligência; na aparência; naquilo que outros pensam dele ou dela;
e seu filho/filha vai acabar confiar nos
próprios recursos, e assim não vai conseguir descansar na graça de Jesus
Cristo!
Mas se você depositar sua
confiança, esperança, paz em Jesus Cristo, você
não vai mais ser arrastada para cultura geral (que tem como referencial
valores que não são o Evangelho); e você
não vai ser arrastada para a cultura religiosa (que tem como
referencial os próprios atos de justiça, aquilo que você mesmo faz para que você e seu filho sejam salvos) e
então você vai viver de uma forma completamente diferente, pois o Evangelho não é a cultura geral, assim
como não é a cultura religiosa, o Evangelho é algo completamente diferente
O Evangelho é a boa notícia
daquilo que Jesus Cristo já fez por mim, por você e por nossos filhos! É a
mensagem de que Ele ama tanto você mãe, e ama tanto os seus filhos, que Ele
morreu no nosso lugar, e pela Graça, somente pela graça, não pelo nosso
desempenho, nós desfrutamos das promessas que Ele tem para nós!
Seja uma mãe de fé, descanse
na graça de Deus, permita que Jesus seja verdadeiramente o seu Senhor e
Salvador, não você mesma, doe-se a seus filhos, mas entregue-se primeiro a
Jesus Cristo, e o mais, Ele fará!
*Talvez, nesta manhã, você mãe esteja
sobrecarregada com a criação do seu filho, sua filha; talvez as coisas não
estejam indo como você deseja, ou você sonhou. Tem um peso nos seus ombros
trazendo muita tristeza ao seu coração, tirando sua alegria, paz e esperança.
Eu quero convidar você a
descansar em Jesus Cristo! Jesus Cristo é o único que pode nos salvar e ser o
nosso Senhor! É pela Graça fomos salvos, você só precisa dar um passo de fé e
confiar na obra consumada de Jesus!
Deixe Jesus no controle!
Seja uma Eunice, seja uma mãe vitoriosa!
Eu quero convidar as mães a
se levantarem com seus filhos. Nós vamos orar por vocês neste momento.
Oração.
Linhares, 09 de maio de 2021.
Pr.
Marcos José Milagre
PIB
Linhares/ES
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