sábado, 31 de março de 2012

O PERFUME DE CRISTO
(2 Coríntios 2.14-17)
Sermão preparado para pregação na PIB de João Neiva, em 1º de abril de 2012, culto da manhã.


Antes de lermos o texto propriamente, que se encontra na 2ª Carta de Paulo aos Coríntios, eu gostaria que nós recriássemos mentalmente o contexto da cidade em que a Igreja, para a qual foi dirigida esta Carta, se encontrava.

Inicialmente, nós precisamos destacar que a cidade de Corinto era privilegiada quanto aos seus acessos, podia ser visitada por terra e a pouca distância haviam dois portos, a leste a oeste, o acesso por terra ou por mar era muito fácil.

Devido à sua localização, Corinto tornou-se caminho de ligação entre o ocidente e o oriente, isso trazia uma marca muito característica a Corinto, a de uma cidade pluralista. Era possível encontrar pessoas de inúmeras nacionalidades, gregos, romanos, judeus, enfim todos os povos que habitavam as proximidades do mar mediterrâneo, o que fazia com que o comércio florescesse nesta cidade.

Esse grande número de pessoas dos mais diversos povos, também trazia consequências graves para aquela cidade, a diversidade religiosa também era grande. O culto a Afrodite a deusa grega do “amor”, ou Vênus, como os romanos a conheciam, chegou a empregar cerca de mil prostitutas nas atividades de culto.

O comércio ativo dessa cidade produziu uma sociedade polarizada, dividida, entre pessoas muito ricas e outras muito pobres. A riqueza dos comerciantes era usada em devassidão moral, e atraía prostitutas, ladrões e aventureiros.

A condição moral da cidade era tão baixa, que a expressão “corintianizar” ou “viver como um coríntio” tinha o mesmo significado de viver em devassidão, ou iniciar-se em práticas imorais; uma “donzela coríntia” era usado como sinônimo de prostituta, e uma “enfermidade coríntia” era sinônimo de doença venérea. Este era o nível moral da cidade de Corinto quando Paulo ali chegou para fundar a igreja de Cristo.

Iniciados os trabalhos evangelísticos a igreja começou a se reunir na casa de Áquila e Priscila, dois judeus que haviam saído de Roma, quando da expulsão dos judeus daquela cidade por ordem o Imperador Claudio.

A jovem igreja em Corinto, apesar de numerosa passava por dificuldades, muitas facções haviam se instalado na igreja, havia muito partidarismo, crentes que mantinham os costumes da sociedade e estavam na igreja, abuso do uso de dons espirituais no culto, o que dificultava a compreensão da palavra de Deus.

Alguns Crentes de Corinto chegaram a negar a autoridade apostólica de Paulo.

Neste contexto é que vamos encontrar Paulo escrevendo esta carta aos crentes da Igreja em Corinto.

I – INTRODUÇÃO

Feitas estas considerações, vamos ao texto da palavra de Deus.

Por gentileza, fiquem de pé e abram suas Bíblias em 2 Coríntios, capítulo 2, versos de 14-17.

.2 Coríntios, Capítulo 2, versos de 14 a 17. Eu farei a leitura na Versão de Almeida Século XXI.

A palavra de Deus nos diz assim:

“14. Mas, graças a Deus, que em Cristo sempre nos conduz em triunfo e por meio de nós manifesta em todo lugar o aroma do seu conhecimento;
15. porque para Deus somos o bom aroma de Cristo, tanto entre os que estão sendo salvos como entre os que estão perecendo.
16. Para estes, somos cheiro de morte para morte, mas para aqueles, aroma de vida para vida. E quem está preparado para essas coisas?
17. Porque não somos mercenários da palavra de Deus, como tantos outros; mas falamos em Cristo com sinceridade, da parte de Deus e na sua presença.”

O PERFUME DE CRISTO”.

O perfume é uma substância conhecida pelo homem desde os tempos imemoriáveis, desde que alguém sentiu o cheiro de uma flor ou a resina de uma árvore o perfume já era valorizado.

Suas qualidades são tão excelentes que ele foi usado durante muito tempo como remédio (hoje ainda ouvimos falar da aromaterapia), existe até um ramo da ciência moderna que se ocupa do estudo dos odores e aromas que é a Osmologia. O perfume também foi usado como oferta a Deus, através da queima de óleos e certas plantas. A queima de incenso tinha lugar de destaque na prática de culto judaico.

Certos perfumes, em razão de seu aroma e de sua exclusividade alcançam um elevado preço. Outros, por serem mal feitos acabam por terem um odor desagradável, um cheiro muito ruim, e incomodam ao invés de perfumarem.

O Apóstolo Paulo trata nestes versículos do único perfume que pode decidir o destino das pessoas na eternidade, entre morte e vida, este é o perfume espiritual de Cristo.

Aqui a palavra “perfume” é uma comparação, uma metáfora para o evangelho de Cristo, que devia ser levado a todas as pessoas, é desse perfume que vamos tratar.

Para começar nossa caminhada eu gostaria que pensássemos que nós pensássemos que:

II – DESENVOLVIMENTO.

1. SÓ OBTEMOS O PERFUME DE CRISTO EM CONTATO COM O PRÓPRIO CRISTO (leitura da Bíblia e oração). V. 14.

Jesus nos comissionou a levarmos as suas boas novas, “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda a criatura.” (Marcos 16.15).

Àquilo que Jesus chama de evangelho, as boas novas, o Apóstolo Paulo metaforicamente chama de perfume. Essa figuração de “perfume” nos faz pensar que para levar alguma coisa nós precisamos ter algo para levar. O ter preexiste ao levar. Então como obter esse perfume tão precioso?

Voltemos a o texto:

“14. Mas, graças a Deus, que em Cristo sempre nos conduz em triunfo e por meio de nós manifesta em todo lugar o aroma do seu conhecimento;” (2 Cor 2.14 – AS XXI)

Vocês já ouviram aquela frase: “sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem oferece flores.”

Quando estamos em um local fechado, próximo a uma pessoa que esteja usando um perfume, ou quando abraçamos alguém perfumado, parte daquela fragrância acaba ficando impregnada na nossa roupa.

Espiritualmente falando, com o perfume de Cristo não é diferente, assim como o aroma do perfume se transmite pela proximidade, pelo contato com aquilo que é perfumado, o aroma de Cristo é transmitido pelo contato, pela proximidade que temos com Cristo.

O Evangelho não é algo para se aprender apenas intelectualmente, ele deve ser vivido, uma vida de comunhão com Cristo é que vai nos assegurar que tenhamos o que levar às pessoas.

O evangelho não é um produto, uma fragrância barata que possa ser engarrafado, etiquetado e receber um selo de qualidade. Para recebermos o puro evangelho de Cristo, devemos nos achegar a Cristo, em oração e na meditação diária das sagradas escrituras.

A nossa proximidade com Cristo é que vai nos fornecer este doce perfume: quanto mais próximos, mais perfume; quanto mais longe, menos perfume; se muito longe, nenhum perfume.

O Crente não pode ficar inodoro, ou seja, sem o cheiro de Cristo, nós não fomos resgatados das garras do pecado para vivermos uma vida alheia ao evangelho de quem nos salvou da morte eterna, nós precisamos nos lembrar que nós não somos flores.

Nós não possuímos perfume próprio. Cristo é quem nos fornece tal perfume, o evangelho é dele, tudo é dele, inclusive nós. Nós nos parecemos mais com frascos, recipientes, onde o perfume é depositado para ser distribuído às demais pessoas.

Uma frase que o saudoso Pastor Fanini dizia era que: “Bíblia + Oração = a Santificação.”

Nós podemos dizer o seguinte: Bíblia + Oração = a um Evangelista, alguém pronto para levar o perfume do evangelho de Cristo a todas as pessoas, porque recebeu o evangelho, o perfume de Cristo pela meditação nas Sagradas Escrituras e pela prática diária da oração, alguém que foi perfumado pela presença de Cristo em sua vida, alguém que como Paulo pode dizer o seguinte:

“Portanto, não sou mais eu quem vive, mas é Cristo quem vive em mim. E essa vida que vivo agora no corpo, vivo pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” (Gálatas 2.20).

Esta é a frase de alguém perfumado pelo evangelho de Cristo, pronto para levá-lo a todo o mundo.

Uma vez tendo sido preenchido com o perfume de Cristo, com o seu evangelho, precisamos ter em mente que:

2. O PERFUME DE CRISTO DEVE SER USADO CONSTANTEMENTE. v. 14b.

Nós não podemos escolher o momento em que vamos usar o perfume de Cristo.

Os perfumes comuns nós podemos comprá-los aos montes, armazená-los e usar conforme a ocasião, um perfume mais encorpado para um clima mais frio, outro mais suave para climas mais quentes, um perfume para o dia e outro para a noite, um para vir à Igreja e outro para o trabalho.

Com o perfume de Cristo não é assim. Nós não temos a liberdade de engarrafá-lo e usá-lo apenas nos dias de culto:

“- Há, daqui a pouco tem culto vou passar um pouquinho do perfume do evangelho e vou para a Igreja, cadê minha Bíblia, tem uma semana que não vejo a coitada. Preciso lembrar-me de orar antes de começar o culto, faz tanto tempo que não faço isso...

Então a pessoa escolhe o perfume cristão que vai usar: Um dia é um crente fervoroso, outro é um crente mais ou menos. Se no culto tiver muito louvor, bem animado, então o perfume é mais forte, se tem uma pregação mais longa então o perfume acaba mais rápido, não há perfume crente que resista.  

O que nós precisamos pensar é que perfume, quando é verdadeiramente de Cristo, deve ser usado 24 horas por dia, o tempo todo. Cristão deve cheirar a Cristo. Nós precisamos viver de tal forma que quando as pessoas nos olhem sintam que somos Cristãos.

Já aconteceu comigo e já deve ter acontecido com muitos aqui. Você, mesmo sem citar um versículo Bíblico, sem falar os termos do “evangeliquês” que muitas vezes usamos (“é uma benção”), ou roupas muito rígidas, uma pessoa ao se aproximar pergunta: “Você é Crente?”.

É o seu caráter, o seu testemunho mudo que melhor define que tipo de cristão você é.

Essa é uma prova de que estamos usando o perfume de Cristo e, principalmente, o estamos levando a outras pessoas.

O apóstolo Pedro assim nos diz em 1 Pedro 2.9:

9. Mas vós sois geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz(1 Pedro 2.9 – AS XXI).

Aqui nós vemos que fomos escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, por esse motivo a nossa vida cristã deve ser pautada pela constância. Traz muita preocupação quando um crente, e agora eu falo aos membros de uma Igreja Batista, tira férias do evangelho. Quando ele não usa o perfume de Cristo.

Alguns pensam que por estarem longe, viajando, estão de férias também do Cristianismo. - Hoje eu não sou crente, “tô de férias”!!

Nós precisamos estar preparados de tal forma que não sejamos achados em falta, o nosso dia-a-dia, e todos os dias, devem ser na presença de Deus, firme. Nós temos essa recomendação em alguns textos da Bíblia, eu destaco dois:

Que o Senhor guie o vosso coração no amor de Deus e na perseverança de Cristo” (2 Tessalonicenses 3.5)

e a perseverança deve ter ação perfeita, para que sejais aperfeiçoados e completos, sem lhes faltar coisa alguma (Tiago 1.4)

Nós precisamos viver o evangelho, nós não podemos nos contentar com a dose dominical do evangelho. Nós não comemos o alimento material apenas aos domingos e na quinta-feira à noite. Nós podemos mesmo acreditar que não ficaremos enfraquecidos se não nos alimentarmos todos os dias da palavra de Deus? Se não separarmos um momento diário para meditação na palavra de Deus e oração?

Nós não podemos ser ingênuos, o evangelho de Cristo, esse maravilhoso perfume do qual Paulo fala, deve ser usado todos os dias.

Até agora nós vemos como obter o perfume do evangelho de Cristo, analisamos a necessidade em sermos constantes, por fim, eu gostaria de ressaltar que:

3. DEVEMOS LEVAR O PERFUME DO EVANGELHO DE CRISTO A TODAS AS PESSOAS. v. 14-16.

Essa constância na vivência no evangelho é necessária quando pensamos na nossa comissão. Volto ao texto de Marcos, Capítulo 16, verso 15:

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda a criatura.” (Marcos 16.15).

Jesus assim determinou.

E o Apostolo Paulo diz:

“14. Mas, graças a Deus, que em Cristo sempre nos conduz em triunfo e por meio de nós manifesta em todo lugar o aroma do seu conhecimento;
15. porque para Deus somos o bom aroma de Cristo, tanto entre os que estão sendo salvos como entre os que estão perecendo.
16. Para estes, somos cheiro de morte para morte, mas para aqueles, aroma de vida para vida. E quem está preparado para essas coisas?
17. Porque não somos mercenários da palavra de Deus, como tantos outros; mas falamos em Cristo com sinceridade, da parte de Deus e na sua presença.” (AS XXI).

O contexto em que a Igreja em Corinto se encontrava era terrível como vimos antes: Prostitutas, ladrões, devassos. O que havia de pior, moral e espiritualmente falando.

Nos dias atuais não é muito diferente. Nas caravanas missionárias que realizamos em Linhares e em alguns municípios vizinhos, encontramos pessoas de todos os tipos, e com todos os problemas possíveis. Muitas vêem a palavra de Deus como uma bóia salva-vidas, onde tem a oportunidade de se agarrarem, com todas as forças, mas para outros somos “aquele bando de crentes enjoados”.

O texto que lemos nos traz essa reflexão, de tornarmos Cristo conhecido a todas as pessoas, não somos nós que fazemos a obra, a conversão é fruto da atuação sobrenatural do Espírito Santo, nós apenas levamos o perfume, não o aplicamos às pessoas.

Um ponto importantíssimo é que devemos ter cuidado com a qualidade do perfume que levamos às pessoas, tem muita igreja vendendo perfume de Cristo, e tem muita igreja entregando um evangelho que certamente não é o evangelho de Cristo. A palavra grega para “sinceridade, (ειλικρινεια heilikrineia) no final do verso 17 significa sem mistura”, “puro”, “sincero” é assim que o evangelho deve ser transmitido, de forma pura, assim como recebemos de Jesus.

Hoje temos culto do emagrecimento, culto do empresário; temos lencinho e copo d’água que dizem ser “abençoados”. Tem muita coisa que a Bíblia não relata, e até mesmo condena, acontecendo em muitas igrejas por aí. Não é esse o perfume de Cristo que devemos levar. As pessoas precisam ser confrontadas e confortadas unicamente pela palavra de Deus.

Confrontadas ao saberem que são pecadores e sem Jesus estão caminhando para a morte eterna no inferno, mas confortadas por saberem que Cristo morreu na cruz por nós e assim, ao confessarmos Jesus como único e suficiente salvador de nossas vidas, nos arrependendo sinceramente, convertendo-nos do caminho da perdição para o único caminho que conduz à vida eterna temos acesso novamente a Deus e vida eterna no céu.

Para essas pessoas, que vem o evangelista como uma bóia salva-vidas o evangelho de Cristo é aroma de vida para vida, como o verso 16 diz.

Todavia, para os que estão afundados no pecado, o evangelho de Cristo é que cheira mau. Essa é uma conseqüência de se viver muito tempo no mau cheiro. Quem passa de carro pelo Distrito de Saionara percebe o mau cheiro que a usina de álcool DISA expele um cheiro terrível, mas para as pessoas que vivem a muitos anos em Saionara aquele cheiro já não incomoda mais, acabaram se acostumando com o mau cheiro da usina.

Quem vive no pecado sofre do mesmo mal, está há tanto tempo convivendo com o mau cheiro do pecado que o perfume de Cristo incomoda, para essas pessoas aqueles que apresentam o perfume do evangelho  são “cheiro de morte para morte(verso 16-a).

Parece que o perfume é que é ruim, quando na verdade o mau cheiro é o do pecado, por isso estas pessoas rejeitam a palavra de Deus, rejeitam a Cristo, e permanecem no caminho da iniquidade.

Devemos nos lembrar mais uma vez que é o Espírito Santo de Deus que convence do pecado, da justiça e do Juízo, nossa missão e espalhar o perfume de Cristo, a todas as pessoas, indistintamente e constantemente.

 III – CONCLUSÃO.

E agora eu concluo:

1) Qual sua proximidade com Cristo? Você está perto o suficiente para que o perfume de Cristo fique impregnado em você?

2) Você tem separado, todos os dias, um momento para meditar na palavra de Deus e para orar? Você tem perseverado nessa atividade?

3) Você tem levado o suave perfume do evangelho de Cristo a todas as pessoas?

Que nós estejamos meditando sobre essas questões no decorrer da semana e se você ainda não separa este tempo para orar e meditar na palavra de Deus todos os dias, sem falta, comece a fazer isso, faça um compromisso de perseverar na intimidade com Cristo e de levar o Evangelho, como perfume suave, a todas as pessoas.

ORAÇÃO.

Que Deus nos abençoe e nos use para levar o suave perfume do Evangelho de Cristo a todas as pessoas, Amém!

sexta-feira, 30 de março de 2012

“O CORAÇÃO DESFALECIDO”.
(Lamentações 1.16-22)
Mensagem preparada para pregação na PIB Linhares, em 15/01/2012, noite.

Boa Noite, por gentileza, abram suas Bíblias no livro de Lamentações, capítulo 1. Nós leremos os versos 16 a 22. Eu farei a leitura na versão de Almeida Século XXI.

A palavra de Deus nos diz assim:

“16. Por isso estou chorando; sim, os meus olhos, se desfazem em águas; porque está longe de mim um consolador que possa renovar o meu ânimo; meus filhos estão desolados porque o inimigo prevaleceu.
17. Sião estende as mãos, mas não há quem a console; o Senhor ordenou que os vizinhos de Jacó se tornassem seus inimigos; Jerusalém se tornou uma coisa impura entre eles.
18. O Senhor é justo, pois me rebelei contra os seus mandamentos; peço-vos, todos os povos, ouvi e vede o meu sofrimento; as minhas moças e os meus moços foram levados para o cativeiro.
19. Chamei os meus amantes, mas eles me enganaram; os meus sacerdotes e os meus anciãos morreram na cidade enquanto buscavam mantimento para si para refazerem as forças.
20. Olha, Senhor! Estou angustiada! Estou angustiada no íntimo! O meu coração está transtornado em mim, porque me rebelei gravemente. A espada mata os ilhós na rua, em casa é como a morte.
21. O meu gemido é ouvido, mas não há quem me console; todos os meus inimigos souberam da minha tragédia, eles se alegram porque a determinaste; mas eles ficarão como eu estou, quando chegar o dia que prometeste.
22. Que toda a sua maldade venha para a tua presença e faz-lhes como fizeste a mim por causa de toda as minhas transgressões; pois os meus gemidos são muitos, e o meu coração está desfalecido.” (Lamentações 1.16-22).

INTRODUÇÃO:

O texto que lemos narra uma parte muito triste da história de Israel, quando ela foi sitiada pelos Babilônios liderados por Nabucodonosor, por volta do ano 586 a.C.

Jeremias recebeu o seu chamado para ser profeta em um contexto social muito ruim. Nós podemos ver isso descrito no Livro do próprio profeta Jeremias, que antecede o livro de Lamentações, onde está o texto que acabamos de ler.

A nação de Israel estabeleceu-se por meio de um pacto celebrado com Deus. Eles adorariam exclusivamente a Ele, viveriam de acordo com seus preceitos e Ele seria o Deus deles.

Os israelitas, porém, não estavam vivendo da forma que Deus havia determinado.
Os governantes, os homens influentes, tornaram-se corruptos, e oprimiam o povo com decisões arbitrárias, com negócios escusos e com exploração.

Os Juízes julgavam de acordo com o suborno que recebiam.

Os sacerdotes, os homens religiosos, que deviam cuidar da vida espiritual do povo, seguindo o sistema sacrificial que Israel praticava, estavam interessados tão somente em arrecadar valores para si, vivendo apenas uma religião de aparências.

E o pior de tudo, os profetas, que deviam denunciar tais situações diziam que tudo estava bem, que a situação estava boa. Paz, Paz..., eles diziam (Jeremias 6.14) (A função do profeta não é dizer que as coisas vão bem ou vão mal, mas proclamar aquilo que Deus determinou. Hoje nós temos muitos profetas como os do tempo de Jeremias, que só falam em prosperidade).

E o povo?

O povo adotou para si vários dos deuses dos povos vizinhos. Cada um adorava o que bem desejasse. Eles não se importavam com a situação porque estavam vivendo como queriam, sem regras morais e sem compromissos éticos. A situação de Jerusalém, a capital do reino do sul Judá, estava tão feia que em Jeremias 5.1 Deus diz que se fosse encontrado nas suas ruas UM ÚNICO HOMEM que praticasse a justiça e buscasse a verdade a cidade não seria destruída.

Para você ter uma idéia de quão ruim era a situação, se compararmos as cidades de Jerusalém e Sodoma (aquela Sodoma de “Sodoma e Gomorra”, que foi destruída), em Gênesis 18, verso 32, nós vemos que para Sodoma Deus estabeleceu que se existissem 10 homens corretos ela não seria destruída; para Jerusalém foi apenas um, e esse homem não foi encontrado.

Ao fazer um estudo no livro de Jeremias foi estranho notar como a situação de Israel naquela época se parece tanto com o nosso país hoje. E como o povo israelita se parece tanto com o povo dos nossos dias.

Jerusalém ganha vida no livro de lamentações como uma mulher que chora, ela fala como uma mulher viúva, abandonada pelos amigos.

Mas nós precisamos entender o que isto tem a ver conosco hoje, agora.

O que é que o pranto de Jerusalém, o coração desfalecido da Jerusalém que chora pode nos ensinar, que lições nós podemos tirar para aplicarmos à nossa própria vida, este é o nosso propósito.

Eu gostaria de destacar apenas três lições para nossa aplicação pessoal, e a primeira delas é que:

1) O Coração desfalecido é resultado do afastamento de Deus (v. 20).

20. Olha, Senhor! Estou angustiada! Estou angustiada no íntimo! O meu coração está transtornado em mim, porque me rebelei gravemente. A espada mata os filhos na rua, em casa é como a morte.”

A idéia de um relacionamento pessoal entre o homem e Deus permeia toda a história de Israel, tanto é assim que o filho de Deus ao fazer-se homem nasceu entre aquele povo.

Mas o povo rebelou-se gravemente, e a palavra hebraica usada para “rebelei” no versículo “20” que lemos é “Marah”, com a idéia de ser desobediente, não obedecer. Assim, o que era para ser um relacionamento com Deus foi quebrado pela desobediência do povo.

E como nós temos facilidade para criar dificuldade nos nossos relacionamentos. Vocês já notaram isso?

Nós nos desentendemos quando somos namorados, com nossa esposa (e a esposa com o marido). Nós brigamos com nossos amigos, nós às vezes temos graves problemas no relacionamento com os filhos, e os filhos com os pais.

Não parece que os nossos problemas relacionais estão presentes em todas as fases da nossa vida?

É interessante notarmos que o problema relacional do homem está presente desde a sua queda, lá no jardim do Éden.

Vocês sabem qual foi a primeira briga conjugal da qual nós temos o relato na história?

Foi justamente a do primeiro casal criado. Adão e Eva.

Esse desentendimento está relatado em Gênesis, no capítulo 3, que fala da queda do homem. Eu me privo de ler o texto integralmente em razão do nosso tempo, mas creio que a história é conhecida de todos aqui.

Eva tomou o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, contrariando a ordem recebida de Deus e comeu, e deu também a Adão para comer. Quando Deus foi procurá-los e perguntou a Adão se ele tinha comido da árvore proibida o que foi que Adão respondeu?

Gênesis 3, verso 12: ““(...) A mulher que me deste deu-me da árvore, e eu comi.”

Em outras palavras:

Senhor, essa encrenca aí chamada mulher, que foi o Senhor me arranjou, é que me deu esse negócio para comer.”

Tolinho o Adão não?! (como é fácil colocar a culpa nos outros para nos isentarmos).

A nossa dificuldade em nos relacionarmos está presente desde que existimos sobre a terra.

Mas o mais grave é que a nossa dificuldade em nos relacionarmos horizontalmente como seres humanos, é apenas o reflexo da quebra do nosso relacionamento vertical com o nosso Criador.

Deus nos criou para termos intimidade com Ele, para estarmos próximos a Ele, não para estarmos distantes.

Nós temos que pensar agora na nossa posição nesta relação com Deus. Como está a nossa intimidade com Deus? Como está a minha e a sua relação com Deus? Pense nisso. Reflita sobre isso.

É fácil encontrar a resposta, é só voltarmos ao verso 20: “Olha, Senhor! Estou angustiada! Estou angustiada no íntimo! O meu coração está transtornado em mim, porque me rebelei gravemente.

Nossa posição diante de Deus neste momento é de rebelião, lembrando que rebelião aqui tem a idéia de desobediência no hebraico. Nós estamos afastados de Deus em razão da nossa própria desobediência a Deus.

Você deve ter pensado: Desobediência, eu desobedeci em quê?

Agora eu preciso mostrar o que a Bíblia diz a nosso respeito. Sobre quem desobedeceu, ou, sobre quem é desobediente.

Por gentileza, vá até o livro de Romanos, capítulo 3, verso 23:

“Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”

Todos pecaram. E pecar é desobedecer a Deus, é voltar as costas para Deus, é ter a vida em desalinho com a vontade de Deus.

Todos nós somos desobedientes, somos pecadores. Eu e você. Todos.

Então nossa posição no nosso relacionamento com Deus é a de pecadores afastados de sua Glória.

Por isso o nosso coração está desfalecido e angustiado, por isso nossas relações humanas (entre pais e filhos, esposo e esposa, namorado e namorada, entre amigos) estão tão deterioradas, por estarmos em primeiro lugar com a nossa relação com Deus abalada.

O meu e o seu coração não vão encontrar descanso enquanto nós não resolvermos reatar nossa relação pessoal com Deus. Isso é um fato.

E quando eu falo em relação pessoal eu não estou falando em conhecimento cognitivo de Deus. Não é aquilo que você sabe sobre Deus, não é simplesmente ir à igreja, é muito mais profundo que isso.

Reatar o relacionamento com Deus é deixar que Ele assuma o papel que sempre foi apenas Dele, o de ser o nosso Senhor; de pautar a nossa vida pela autorevelação de Deus em Cristo Jesus e pela sua palavra.

É uma questão de senhorio. De quem está no comando.

É assim que o coração deixa de estar desfalecido. Arrependimento pela desobediência, pelo pecado, voltando-se para Deus e recebendo a Cristo como nosso Senhor.

Mas porque nós somos tão relutantes em fazer isso? É impressionante como nós temos a mania de tentar resolver as coisas a nosso modo.

Para refletir sobre isso eu gostaria que nós ingressássemos no segundo aspecto do texto que lemos que é o seguinte:

2) Coração desfalecido por depositar a confiança nas pessoas erradas (v. 19 e 17-a).

17. Sião estende as mãos, mas não há quem a console;(...)

19. Chamei os meus amantes, mas eles me enganaram; os meus sacerdotes e os meus anciãos morreram na cidade enquanto buscavam mantimento para si, para refazerem as suas forças.


O problema em tentar resolver o problema relacional com Deus ao nosso modo é que nós não conseguimos encontrar a forma correta e acabamos ficando desorientados.

No versículo 19 Jerusalém chora, como relatado por Jeremias, e busca seus “amantes”, a palavra hebraica aqui é “ahab”, que pode ter o significado de uma (i) pessoa que ama um amigo; (ii) do amor entre esposo e esposa, com a conotação sexual; ou, (iii) como o contexto sugere, é a figura do amante mesmo, do amor adulterino, do amor por alguém que não é o esposo ou a esposa. É a figura da traição.

Esta é a idéia: Jerusalém chora e busca consolo naqueles a quem ela amou no lugar do Deus verdadeiro. Aqueles com quem ela traiu a Deus. Você depois pode ler mais detalhadamente essa idéia no capítulo 3 do livro de Jeremias.

Jerusalém tentou manter um relacionamento com Deus ao seu modo, e buscou consolo nos locais errados, nas pessoas erradas.

Tudo aquilo, e todos aqueles, que venhamos a usar para substituir a Jesus Cristo como Senhor da nossa vida tem o mesmo sentido de “amante” que o verso 19 apresenta.

Quantas coisas têm substituído a Deus na vida do homem. Na minha e na sua vida.

Eu vou dar um só exemplo. Os bens materiais. Há gente que corre tanto atrás de sucesso profissional e material que não se lembra do que é mais importante, que é o seu relacionamento com Cristo.

Coisas efêmeras, passageiras, têm substituído o que é eterno na nossa vida.

Jesus contou uma parábola que está registrada no Evangelho segundo Lucas, capítulo 12, versos 16-21 que retrata essa idéia:

“16. Então lhes contou esta parábola: "A terra de certo homem rico produziu muito bem.
17. Ele pensou consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita’.
18. "Então disse: ‘Já sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens.
19. E direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’.
20. "Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?
21. "Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus". (Lucas 12:16-21).

Este é o materialismo que assola os nossos dias.

Eu não sei o que pode estar ocupando o lugar que é unicamente de Deus na sua vida, só você pode saber isso, só você e Deus podem examinar o seu coração.

Talvez você mesmo seja a pessoa que esteja ocupando o lugar de Deus na sua vida.

O texto do verso 19 fala que Israel ao chamar os seus “amantes”, aqueles com quem ela havia traído a Deus, eles a enganaram.

Você pode estar enganando a si mesmo. E um alerta que eu dou é que você pode até se enganar, mas não a Deus, ele nos conhece melhor que nós mesmos.

“Eu decido”, “sou eu quem mando”, “eu”, “eu”, “eu”....

Quando você toma as rédeas da sua vida e a dirige do jeito que bem entende, sem se preocupar com o que Jesus gostaria que você fizesse, é você quem está ocupando o lugar Dele, você acaba sendo um amante de si mesmo.

Eu gostaria de ler um versículo que está no livro de Jeremias, que expressa muito bem o ato de colocar a confiança em qualquer um, até em si mesmo, que não seja em Deus, Jeremias, capítulo 17, verso 5:

“5. Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz daquilo que é mortal a sua força e afasta do Senhor o coração!

Os israelitas colocaram a confiança em alianças políticas, em homens religiosos mentirosos e interesseiros e em líderes corruptos, e foram capturados e levados como cativos para um país estrangeiro.

Você pode não ser levado como escravo para outro país, mas há vários tipos de escravidão.

Se você depositar a sua confiança em qualquer um que não seja no Deus todo poderoso, você permanecerá escravo do pecado, e isso também trará consequências para a sua vida, é inevitável, chegará o momento em que você dirá: (...) o meu coração está desfalecido.” (v. 22-b), não há quem me console (v. 17-b).

Em quem você tem posto a sua confiança? Como está o seu coração? É uma pergunta simples não é? Mas como é difícil respondê-la, você já refletiu sobre isso? Como está o seu coração?

Triste, pesaroso, preocupado com a sua situação diante de Deus? ISTO É TER O CORAÇÃO DESFALECIDO, na hora da adversidade você não tem um norte, não tem quem atravesse o vale da sombra da morte, como diz o salmo 23, verso 4:

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.”

Jesus falou sobre esse depósito de confiança, sobre a segurança de quem deposita seus sonhos, suas expectativas no local certo e de quem deposita no local errado, vejam o texto (Mateus 7, versos 24 a 27):

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.” (Mateus 7:24-27).

A Cidade de Israel caiu, pois as pessoas depositaram sua confiança em locais errados, construíram casas sobre a areia, na primeira adversidade a casa cai, e o texto diz, COMO FOI GRANDE A SUA QUEDA. Nós temos que aprender com Jesus a construirmos nossa casa, que é a nossa vida, sobre as palavras dele, só assim nosso coração não ficará desfalecido e nossa casa não cairá.

Nós falamos do coração desfalecido como resultado do afastamento de Deus, falamos do coração desfalecido por depositarmos confiança no local errado (ou na pessoa errada), agora é hora de falarmos como podemos corrigir esta situação, como restabelecer o nosso relacionamento com Deus e termos uma paz verdadeira, uma paz incorruptível no nosso coração.

Por isso eu gostaria que nós pensássemos no:

3) Coração renovado pelo arrependimento sincero e uma volta para o único que pode nos dar paz (capítulo 3, versos 22-25).

“22. A bondade do Senhor é a razão de não sermos consumidos, as suas misericórdias não têm fim;
23. renovam-se a cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
24. Digo a mim mesmo: A minha herança é o Senhor, portanto esperarei nele.
25. Bom é o Senhor para os que esperam nele, para quem o busca.” (Lamentações 3.22-25).

Nós não lemos este texto inicialmente de forma proposital, a idéia era justamente esta, de nós identificarmos (i) nosso afastamento de Deus, sobre (ii) quem tem sido o senhor da nossa vida (se nós mesmos); para só então passarmos a enxergar que é possível mudar essa situação, e é isso que este texto de Lamentações, capítulo 3, versos 22 a 26 fala, da possibilidade de mudança.

Este texto tem sido interpretado de formas muito equivocadas. Muitos o têm como promessas de bênçãos para a vida (e como tem gente pregando prosperidade sem compromisso espiritual e de caráter hoje em dia). Mas o texto não fala disso. Ele fala da misericórdia de Deus e da esperança que o homem pode ter em reatar esse relacionamento pessoal com Deus.

A palavra que a versão de Almeida Século XXI traz como “bondade”, e traduzida em muitas versões como “MISERICÓRDIA”.

Misericórdia é um termo que nós precisamos compreender bem.

Misericórdia significa que nós não recebemos de Deus aquilo que merecemos. Eu vou repetir: “Misericórdia significa que nós não recebemos de Deus aquilo que merecemos”.

Você pode ter pensado:

Mas então eu mereço receber algo de Deus, eu posso exigir”. Se você achar que deve... Mas antes de fazer isso vamos primeiro ler o que a Bíblia diz que nós merecemos de Deus.

Esse texto você precisa ler, abra sua Bíblia em Romanos 6.23, parte “a”, veja o que nós merecemos:

“23. Porque o salário do pecado é a morte, (...)”

Vocês ainda se lembram do texto de Romanos 3.23 (porque todos pecaram e afastados estão da glória de Deus).

Então todos somos pecadores e merecemos a morte por isso. Mas aí é que está a misericórdia de Deus que se renova a cada manhã, é por isso que nós ainda não fomos fulminados, Deus usa de misericórdia conosco todos os dias, quando permite que nós vivamos mais um dia e tenhamos mais uma oportunidade de reatarmos nosso relacionamento com Ele, para que nosso coração seja consolado, para que tenhamos paz verdadeira e perfeita.

Mas será que não dá para Deus ser bom do jeito que eu estou, eu nem sou um sujeito muito ruim, esse negócio de mudar de vida, de compromisso, sei lá...” Mas saiba que o texto de Lamentações 3, verso 25 não diz isso, ele afirma que:

“Bom é o Senhor para os que esperam nele, para quem os busca

O texto está falando da bondade de Deus para quem confia e se entrega aos cuidados dele (ESPERAR E BUSCAR).

Aqui fala a vocês um pecador, cujo coração foi restabelecido quando confiei em Cristo e quando me entreguei aos cuidados dele, quando eu ouvi o seu chamado dizendo: “vinde a mim, todos os que estais cansado e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28).

Se o seu coração está desfalecido, se você estendeu suas mãos, mas não há quem te console, é a hora de você ouvir o convite de Jesus. Não deposite suas esperanças em outra pessoa, nem em você mesmo. É hora de arrependimento sincero diante de Deus, é hora de você voltar para Deus, de restabelecer o relacionamento que foi quebrado.

CONCLUSÃO:

CORAÇÃO DESFALECIDO PELO PECADO, CORAÇÃO DESFALECIDO POR DEPOSITAR A CONFIANÇA NO LOCAL E NAS PESSOAS ERRADAS, MAS O SEU CORAÇÃO PODE SER SARADO, PELO ARREPENDIMENTO E PELA VOLTA PARA DEUS.

Você só pode fazer isso através de Jesus, Ele diz que é O CAMINHO, A VERDADE, E A VIDA. UM SÓ CAMINHO, O ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS, CRISTO JESUS.

Curve a sua cabeça neste momento.

Você que entendeu a mensagem desta noite, entendeu que só Jesus pode curar o seu coração e te dar a paz.

Só Cristo pode restaurar o seu relacionamento com Deus, convide Jesus para entrar no seu coração para que ele transforme a sua vida, para que Ele seja a sua luz, o seu salvador.

Diga “Senhor Jesus entre no meu coração, transforme a minha vida”.

As misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã, enquanto você tiver manhãs, mas um dia as suas manhãs vão acabar, aí não haverá mais oportunidade, o tempo de decisão é agora.

Eu convido você a levantar uma de suas mãos, corajosamente aceitando a Cristo como seu salvador, deixe que Ele seja o Senhor da sua vida, deixe Jesus te dar a paz.

Convide Jesus para entrar no seu coração!

Há mais alguém, este é o momento.

Vamos orar.

ORAÇÃO.